Decisões, decisões, decisões

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qua, 07/12/2016

"Existem pouquíssimas ocasiões nas quais você estará absolutamente certo sobre alguma coisa. Você será consistentemente chamado a tomar decisões com informações limitadas. Sendo esse o caso, seu objetivo não deve ser o de eliminar a incerteza. Em vez disso, você deve desenvolver a arte de ser transparente em face da incerteza."
Andy Stanley

No mundo de hoje, somos bombardeados pelas escolhas e inundados com informações. Não é de se admirar que muitas pessoas tornaram-se mais hesitantes e indecisas na vida!

Devo investir no mercado de ações ou no de imóveis ou me arriscar naquele negócio novo que o meu amigo acha que será um sucesso?

Os meus filhos devem ir para a escola privada ou a pública e qual das zilhões de atividades extracurriculares eles deveriam estar envolvidos?

Qual dos 5.000 canais que eu tenho na TV por assinatura devo assistir hoje à noite?

Embora seja compreensível, estar indeciso raramente é uma posição positiva e é, muitas vezes, destrutiva ou mesmo mortal. Aqui estão alguns pontos chave para se tornar um mestre na tomada de decisão:

Conheça os seus fundamentos

Quando você tiver definido os seus valores e prioridades, tomar decisão fica muito mais fácil. Quando esses valores e prioridades são nebulosos, como diz o velho ditado "serve qualquer vento por trás das suas velas", então, em vez de tentar tomar decisões específicas, primeiro recue e se concentre nos seus valores.

Nos meus treinamentos de Programação Neurolinguística eu ensino uma maneira de se fazer isso: relacionar por escrito tudo o que você valoriza em cada área da vida. Por exemplo, nos relacionamentos, você pode valorizar qualidades como intimidade, honestidade, alegria, objetivos e sonhos compartilhados. Quando você tiver gerado uma boa lista de valores, pergunte a si mesmo: "Se eu pudesse ter apenas uma dessas qualidades em um relacionamento, qual deveria ser?" Identifique esse valor e faça um círculo em torno dele, e em seguida, pergunte: "Se eu pudesse ter uma outra qualidade, qual seria?" Continue se perguntando até que você circule os cinco principais valores.

Uma vez que seus valores estejam definidos em cada área, aborde de novo a sua decisão. Sua melhor escolha será muito mais óbvia!

Escutando o seu "na’au"

Antigamente no Havaí, as pessoas que confiavam no seu "na'au" (suas entranhas, âmago ou núcleo central) eram consideradas como mais inteligentes do que aquelas que confiavam na mente consciente analítica. Confiar no "na'au" significa que você é capaz de ouvir mensagens da sua intuição inconsciente.

Hoje, vivemos em um mundo que enfatiza a nossa mente consciente e o pensamento analítico. Nós tendemos a ter menos respeito pela intuição ou inteligência inconsciente. É ótimo pensar muito, analisar os dados, e pesar todos os fatores. Mas quando tiver feito tudo isso e ainda continua se sentindo confuso, verifique o seu inconsciente.

Como? A intuição ou o inconsciente se comunicam em sentimentos e imagens de modo que é isso o que você quer sintonizar. Uma maneira é representar o cenário. Pergunte a si mesmo: "Se eu for atrás da opção A, como ela vai se parecer depois de uns dias ou anos?" Permita que a sua imaginação corra solta. Que imagens aparecem? Como você se sente sobre o modo como ela parece ter sucesso?

Outro truque é lançar uma moeda. Estabeleça que lado é cara e qual é coroa. Então preste atenção na fração de segundo entre jogar a moeda e ver o resultado. Naquele breve instante, você percebeu que escolha você queria que ganhasse? Isso é o "na'au" falando.

E se eu estiver errado?

Pairando na obscuridade da maior parte das indecisões está o medo vago e confuso do "E se eu estragar tudo e escolher incorretamente?" De alguma forma achamos que não escolher absolutamente nada – o que na realidade já é uma escolha! – vai ser mais seguro do que fazer a coisa "errada."​

As pessoas bem-sucedidas sabem que irão cometer erros. Entendem que o fracasso não é o oposto do sucesso, o fracasso é uma parte importante do sucesso. Muitas vezes, nós aprendemos a fazer boas escolhas, fazendo muitas escolhas realmente péssimas!

É aqui onde a pergunta "qual é o pior que pode acontecer?" se torna valiosa. A pergunta traz esse medo nebuloso para a luz do dia de modo que você possa lidar com ele. E quando você realmente refletir sobre isso, "o pior que pode acontecer" com uma má decisão geralmente não é de todo ruim – e raramente ameaçador.

Não se preocupe com coisas sem importância

Por isso, eu realmente não quero que você se preocupe com cada uma daquelas pequenas escolhas que você fez! Estudos afirmam que os americanos fazem, em média, 70 diferentes escolhas por dia. A maioria delas são insignificantes e você as faz às pressas. Será que realmente importa se você escolher chocolate ou creme? Não. Mas então por que não usar algumas dessas pequenas escolhas como prática?

Da próxima vez que você tiver que escolher entre um sorvete de chocolate ou de creme, espere um momento. Pergunte a si mesmo: o que se encaixa de forma mais clara dentro dos meus valores, dos meus objetivos? Verifique a sua intuição: qual você sente como a melhor escolha? Finalmente, pergunte: "qual é a pior coisa que pode me acontecer se eu fizer agora a escolha errada?"

Uma vez feito - vá em frente

Um estudante mencionou que o seu instrutor de golfe costumava dizer: "Uma vez que você tenha selecionado o taco para uma determinada jogada, não faça crítica posterior. Confie na sua decisão. Suponha que você tem o taco perfeito na sua mão e dê o máximo de você. Se estiver hesitante na jogada, você nunca saberá se o taco era o certo ou não".

Uma vez que você tenha executado o processo e tomado a decisão, faça com determinação! Assuma que você fez a escolha certa até prova em contrário. Dê a essa escolha a chance de se provar por si mesma. Vá em frente tanto quanto puder. Saiba que mesmo que essa escolha não seja bem-sucedida, você vai aprender algo valioso ao confiar nela.

A vida é cheia de escolhas, desafios e obstáculos. Como o psicólogo George Weinberg ressalta:

"A cura para a maioria dos obstáculos é ser decisivo."

Mahalo,

O artigo "Decisions, Decisions, Decisions" encontra-se no site Empowerment with Dr. Matt

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