Eu pensei que nessa semana poderíamos explorar uma importante pressuposição da PNL... a comunicação é redundante. Isso pode parecer um pouco confuso, mas examinando com um pouco mais de profundidade, provavelmente é algo com que você já esteja familiarizado.

Estamos sempre nos comunicando. Na verdade, é impossível não se comunicar. Seja verbal ou não verbal, estamos sempre comunicando alguma coisa para aqueles que nos rodeiam. Estamos sempre nos comunicando com nós mesmos, através de nossos pensamentos. A própria essência do ser humano exige que se atribua sentido às coisas em nosso mundo e atribuir significado quer dizer que estamos, isso mesmo, nos comunicando.

É sempre útil lembrar a pressuposição de que a comunicação é redundante. É fácil pensar que somos capazes de sermos prudentes com nossas palavras e comunicações. É comum ser proposital com o que dizemos às pessoas e perguntar por que elas reagiram de forma diferente do que havíamos antecipado que seria a reação delas. Nós, muitas vezes, assumimos que estamos sendo claros em nossas comunicações, mas deixamos de avaliar se estamos sendo congruentes. Se não somos congruentes com o que dizemos, geralmente a pessoa com quem estamos nos comunicando pode detectar isso.

Vou demonstrar. Pense em uma vez em que esteve envolvido numa comunicação por e-mail e que algo deu errado. Você achou que a outra pessoa ficou chateada, se sentiu ofendida com algo que você disse - algo deu errado na comunicação e houve um mal-entendido. Tenho certeza de que você até tem um exemplo igual, visto que a maioria de nós já passou por essa experiência. Talvez até com alguém que você conhece bem ou seja seu íntimo.

A questão, muitas vezes, é por causa dessa precisa pressuposição. Quando nos comunicamos via e-mail ou por texto, estamos perdendo mais de 90% das nossas vias de comunicação, deixando a pessoa que está recebendo incapaz de formar uma reação acurada da nossa comunicação. É por causa dessa falta de informação que tantos mal-entendidos acontecem em nossos atuais canais de comunicação.

Vamos olhar isso de outro ângulo. Pense em uma vez em que você teve uma interação pessoal com alguém, cara a cara, e teve de alguma forma uma falha de comunicação. Você ouviu o que ele estava dizendo, mas talvez não acreditou. Algo que não "parecia muito verdadeiro" para você. Pode se lembrar de algo igual?

O que provavelmente aconteceu foi uma incongruência entre a comunicação verbal e a não verbal. As palavras estavam dizendo uma coisa enquanto as expressões faciais e o tom de voz estavam dizendo outra coisa.

Se as pessoas fossem capazes de serem congruentes em suas comunicações, e serem responsáveis por aquilo que comunicam aos outros, imagine como seriam melhores os nossos relacionamentos.

O que aconteceria hoje em dia se você estivesse ciente desse fato? Será que suas interações seriam mais claras se você fosse responsável pela forma como a sua comunicação chega aos outros? Seria mais fácil se aqueles com quem você se comunica fossem responsáveis ​​pela comunicação deles? Pare por um momento e pense em alguma interação recente que poderia ter sido melhor por causa da comunicação mais clara e congruente. Veja se você pode perceber nos próximos dias as vezes em que a comunicação teria sido mais fácil se você fosse capaz de manter em mente esse pensamento... toda a comunicação é redundante.

Quanto mais explorarmos essas pressuposições, provavelmente mais você perceberá  algumas mudanças em sua experiência. Talvez você esteja um pouco mais maduro, os seus relacionamentos serão um pouco mais fáceis, ou você estará se sentindo um pouco menos estressado. Talvez esteja até experimentando todos os três.

O artigo original, "Communication is Redundant" encontra-se no site  www.nlpco.com