Pressignificar: Dando ao seu Ensinamento a Colocação Perfeita

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sex, 20/02/2004

Utilizando Respostas "Desastrosas" dos Estudantes para Criar uma Apresentação Perfeita

Pressignificando este artigo

Você já observou uma criança aprendendo a andar? Observando meu filho, pareceu-me muito difícil. Ele tentava ficar em pé, balançava alguns segundos e, então, sentava-se. Um momento mais tarde ele se levantava e tentava de novo. Era como se ele soubesse que caminhar seria divertido, que todas as coisas que ele queria estariam ao seu alcance, mas fez várias tentativas antes de chegar ao processo de andar. É algo surpreendente. Caminhar envolve deliberadamente ficar em desequilíbrio, levantando um pé e movendo-o adiante. Então você readquire seu equilíbrio, para novamente sair do equlíbrio uma vez mais. Na realidade é um estar controladamente fora do equilíbrio. O truque é saber como escolher onde ficar em desequilíbrio. Uma vez que você é capaz de fazer isso, todo o processo é uma brincadeira. Você pode correr, você pode saltar, você pode dançar.

É isso que eu penso que é ensinar. É incrivelmente divertido porque eu sei como escolher onde estou indo e como escolher onde estou em desequilíbrio para atingir minha meta. Então, a questão é: "Onde é apropriado estar em desequilíbrio no processo de ensinar? E então como fazê-lo de forma divertida?"

Neste artigo vou discutir um novo modelo de ensino e compará-lo com a crença mais comumente equivocada sobre ensino. Então vou introduzir ressignificar como uma atividade chave no ensino e explicar como pressignificar é o caminho mais elegante de passar uma ressignificação. Vou mostrar como mudar o foco dos desacordos dos estudantes para áreas que são seguras, de forma que mesmo o desacordo instale as crenças e atitudes básicas que você necessita que os estudantes adotem para atingir o sucesso deles.

O que é ensinar

Ensinar é o processo que nos faz humanos. Alfred Korzybsky, o primeiro a utilizar o termo neurolinguística em 1933, disse que os seres humanos se distinguem pela sua habilidade de organizar o tempo e transmitir os mapas de suas experiências de geração a geração. Esta habilidade é a base do que nós chamamos "cultura"; ou quando nos tornamos etnocêntricos sobre este assunto, é o que chamamos "ciência". Ensinar é o processo específico pelo qual a organização do tempo ocorre.

Transmitir algo de nossa experiência para outros é mais do que simplesmente transmitir informação. Informação pode ser armazenada em livros, na Internet, etc., mas quando uma pessoa acessa esta informação , esta informação se torna mais do que sómente dados. Até agora, a parte do ensino que permanece unicamente humana é a habilidade de criar e transmitir o contexto no qual a informação faz sentido; o estado de mente/corpo. Professores são pessoas que tem experiência e podem transmitir a outros o estado no qual eles serão capazes de compreender, pro-cessar e agir sobre a informação. Transmitem a intensa curiosidade e animação que motiva os aprendizes a começar (o "por que...?"), transmitem o estado de atenção relaxada, entusiasmo e fascinação, no qual as pessoas podem receber novas informações (o "que...?"); transmitem o senso de confiança e esmero no qual as suas aplicações da informação serão bem sucedidas (o "como...?"); transmitem o estado de mente aberta e criativa no qual os estudantes podem aumentar as alternativas com este novo aprendizado (e "se...?").

Usando um programa de computador como metáfora, a tarefa do professor não é meramente transferir o texto de um livro para o estudante; é transferir a aplicação (o programa) que transforma aquele texto em um documento e todo o sistema operacional (como Windows 95) que cria o ambiente no qual o programa trabalha. Em um ser humano este sistema operacional envolve crenças (pressuposições), valores, estilos de personalidade (chamados metaprogramas em PNL) e sentido fundamental de identidade e missão da pessoa.

Por exemplo, em grande parte da Ásia, o professor de meditação ou guru, deve ser capaz de guiar um estudante a um estado mental profundamente relaxado, meditativo ( o qual o guru já experimentou muitas vezes). O guru então poderia associar este estado a certos outros estímulos, tais como, por exemplo, uma palavra especial (mantra), um símbolo visual (mandala) ou uma posição de mãos (mudra). Ao usar estes estímulos, o estudante poderá reentrar neste estado sempre que quiser, apenas sentando na mesma postura, fazendo o mesmo gesto de mão, repetindo a mesma palavra sagrada ou visualizando o mesmo símbolo. Neste estado o estudante aprenderia certas verdades, que serão aprendidas de forma muito mais completa do que se o estudante tivesse lido sobre elas, em digamos, o Bahgavad Gita ou o Dhammapada.

A Crença Equivocada Mais Comum Sobre Ensino

Os estudantes, por outro lado, seguidamente acreditam que ensinar é o simples processo consciente de transmitir informação. Eles podem assumir que se esta informação pudesse ser dada mais rapidamente eles poderiam aprender mais. Por exemplo, atualmente todos os escritos sagrados do Oriente estão disponíveis para leitura.Isto significa que mais pessoas experimentam os ensinamentos de Yoga e meditação? Ocasional-mente sim, mas na maioria das vezes significa que muitas pessoas têm preconceito sobre estes assuntos. Eles pensam que sabem o assunto porque leram o livro e fecham suas mentes a um aprendizado completo. Como Paul Watzlawick diz, isto é como o estudante de música dizendo: "Aprender a tocar piano é impossível; eu tentei várias vezes e não consegui."

O fato é que tocar piano, meditação ou qualquer outra habilidade adquirida não é aprendida apenas consciente-mente. Isto seria como transferir o texto de um computador para outro, esperando ler o texto sem um programa para rodá-lo. Ou seria como transferir um texto do sistema operacional DOS e esperar poder rodá-lo com Windows. Todo aquele suporte "inconsciente" (crenças, valores, metaprogramas e tipos de percepção) é essencial para o aprendizado.

O Papel dos Professores em Criar Significado

Quando estudantes tentam aprender sem estudar a informação, sem compreender o estado subjacente e as pressuposições que fazem a informação funcionar, eles não atingem o seu objetivo (aprender). Ensino efetivo significa assegurar que os estudantes recebam estes suportes com a informação. Sempre que os estudantes demonstrarem que eles não "absorveram" parte deste sistema operacional fundamental, a tarefa do professor é guiá-los através de algumas séries de representações internas (como por exemplo visualizando ou olhando para algo, ouvindo sons, sentindo sensações, fazendo algo fisicamente ou falando consigo mesmo) que instalem o suporte, o significado dentro do qual a informação faz sentido. Este processo, algumas vezes, é chamado de "Ressignificação".

Por exemplo, quando ensino hipnoterapia, ensino certas técnicas específicas para a comunicação com a mente inconsciente do cliente. Um estudante neste curso ocasional-mente me perguntará: "O que significa o termo mente inconsciente? Inconsciente significa fora de si, como no coma. Ou minha mente está trabalhando e neste caso eu estou consciente, ou ela não está e, neste caso, estou inconsciente. Não vejo como você pode comunicar-se com o que está inconsciente."

Quando ouço esta pergunta, estou ciente de que alguma parte do suporte para o aprendizado da hipnoterapia está faltando: o sistema operacional. Este suporte inclui certas crenças sobre o que é possível e a oportunidade para notar certos eventos internos. Entre centenas de escolhas eu posso dizer "Até eu mencionar isso agora, você não estava consciente da velocidade em que você respirava e da profundidade dessa respiração. Mas agora você pode estar consciente dela, certo? De fato, agora que você tem consciência dela, você pode mudar a velocidade e respirar mais lenta ou mais rapidamente, mais superficial ou mais profundamente. Verifique isso agora. Você pode controlar sua respiração com sua mente consciente. Certamente, se você fizer isso, torna-se difícil fazer outras coisas. Assim, estar consciente de sua respiração, pode ser útil para um atleta, mas não necessariamente em outras ocasiões... Assim, como você vai decidir em que velocidade respirar quando você não está consciente disso? A ação do seu cérebro que toma esta decisão é a que estou chamando de sua mente inconsciente. Agora, quando toco uma música clássica aqui, seu ritmo de respiração tenderá a diminuir sem você "pensar conscientemente" sobre isso. Isto é o que significa para mim comunicação com sua mente inconsciente. A música se comunica com a parte de sua neurologia que está decidindo quão rapidamente você vai respirar. Assim, da mesma forma, seria útil para você ter a habilidade de se comunicar com a parte de sua mente que escolhe o que memorizar ou escolhe quão rapidamente você vai se curar ?"

Isto é uma "ressignificação". Muda o significado de "consciente" e "inconsciente". O estudante disse: "Inconsciente significa não-funcionando". Eu digo: "Para mim inconsciente significa apenas não estar conscientemente pensando sobre como está acontecendo." O novo significado, como saliento no fim, permite vários novos aprendizados, novas ações com as quais a pessoa pode desenvolver novas habilidades. Para transmitir corretamente este novo significado, eu conduzo a pessoa através de uma sequência de representações internas (observando sua respiração, variando a sua profundidade e velocidade, imaginando como isso estava acontecendo antes que eles pensassem sobre isto).

Pressignificar é Mais Elegante do que Ressignificar

Certamente estudantes podem discutir a minha ressignificação, porque eles já tiraram sua conclusão ("inconsciente significa não funcionando"); eles podem achar uma forma de adaptar minha explanação ao seu mapa do mundo. Por exemplo, ao dizer: "Bem, quando eu não estou consciente da minha respiração, eu não estou decidindo como respiro. Está acontecendo automaticamente, como a água que corre ladeira abaixo. A água não tem uma mente que decida "agora vou correr por aqui". Apenas acontece." Uma vez mais o "mapa deste estudante" não concorda muito com meu texto de hipnoterapia. Se eu responder, nós poderemos terminar trocando ressignificação por algum tempo e outros estudantes começarão a experimentar as alternativas. O grupo pode, então, acreditar que o modelo de hipnoterapia é confuso e, consequentemente, duvidarem da sua habilidade em usá-lo.

Certamente estes são estudantes que escolheram estudar hipnoterapia. Seu objetivo é serem capazes de usá-la da forma como eu uso. Como eu poderia de uma forma mais efetiva auxiliá-los a atingirem seu objetivo? Para mim, uma solução fundamental é antecipar a objeção e declarar minha ressignificação antes que qualquer um expresse um modelo contrário. Neste caso, na minha experiência, o modelo contrário nunca ocorrerá aos estudantes. Porque meu modelo é plausível (ele "pode ser verdadeiro"); eles o aceitarão como um sistema operacional e vão começar por aí. Eu terei pressignificado seu entendimento.

Escolhendo o Foco para Diferenciar

Há uma forma de eu maximizar a aceitação da minha pressignificação. Depois de enunciá-la, posso focar a atenção em um assunto particular que ocorra uma vez que a pessoa tenha aceito a pressignificação. Por exemplo, assuntos particulares que ocorrem uma vez que tenhamos aceito a ressignificação de que "existe uma mente inconsciente com a qual podemos nos comunicar", inclui:

  • O que já estamos comunicando à mente inconsciente de outras pessoas?
  • É ético prosseguir aleatoriamente nos comunicando com a mente inconsciente de outras pessoas? Não deveria todo o mundo aprender hipnoterapia de forma que façam sua comunicação adequadamente?
  • Por que a mente inconsciente de algumas pessoas responde tão facilmente a comunicações, como música, enquanto outras levam mais tempo?
  • Deveriam pessoas de vendas aprender como se comunicar com o inconsciente ou não?

A menos que esteja ensinando para pessoal de vendas, eu fico muito feliz que os estudantes tenham opiniões diferentes sobre os tópicos acima referidos. Tanto quanto eu posso dizer, a opinião deles sobre estes tópicos não afetarão suas habilidades para aprender e usar a hipnoterapia.

Ao levantar tal tópico, imediatamente após minha pressignificação, estou oferecendo às pessoas que gostam de discordar, de desafiar meu modelo, algo para discordar. Algumas pessoas (em PNL chamadas de "Diferenças") filtram suas experiên-cias identificando principalmente o que é diferente, o que não se ajusta, aquilo com o que podem discordar. Esta é uma habilidade perfeitamente útil (e essencial para certos grupos profissionais, tais como advogados e contabilistas, embora eles possam não concordar comigo sobre isso) Professores muitas vezes temem os diferenciadores porque eles podem tomar o tempo do grupo discutindo pontos essenciais, formar grupos sob sua liderança, etc. Eu considero sua energia estimulante e valiosa para o grupo e gosto de auxiliá-los a usarem sua energia de uma forma a alcançarem seus objetivos e os do grupo. Ao discutir o tópico que eu escolhi, o grupo está aceitando a pressignificação chave, porque, sem isso, o que eles estão dizendo não faz sentido. Você não pode discutir se pessoal de vendas deve aprender como se comunicar com o inconsciente sem aprofundar a crença que a comunicação com o inconsciente é possível... Ou você pode? Talvez isto não altere de forma alguma a profundidade de sua crença. Você decide.

Do "Desastre" à Perfeição

Quando estou planejando um novo curso, meu primeiro objetivo é identificar as crenças e atitudes essenciais que estão por detrás do conteúdo do curso. Em hipnoterapia, por exemplo, isto inclui a noção que você tem uma mente inconsciente e que podemos nos comunicar com ela. Depois eu preparo uma experiência de ressignificação ou um enunciado para instalar este significado essencial. Em terceiro lugar, eu identifico um tópico não essencial que surge como um resultado da pressuposição deste significado. Ao longo do curso, introduzo a experiência de pressignificação tão cedo quanto possível, após introduzir o tópico, e imediatamente após isso, levanto o tópico não essencial incentivando o grupo a uma resposta.

É claro que quando dou o curso pela primeira vez, seguida-mente, não consigo antecipar todos os desafios que ocorrerão aos estudantes. Mas, cada vez que uma discordância com os fundamentos do curso é levantada, eu observo as crenças do estudante e preparo uma pressignificação para dissolvê-la em qualquer curso futuro. Eu me pergunto:

1) "O que eu poderia ter dito ou feito, antes deles falarem, que pressupusesse o contrário de sua objeção e que com isso eles teriam concordado?"

2) "Que tópicos serão levantados, uma vez que eles aceitem minha pressignificação e que eu possa, virtualmente, aceitar qualquer conclusão?"

Lá pela terceira vez é muito raro que alguém desafie um significado fundamental do curso. De fato, a esta altura todos os desafios tendem a confirmar os fundamentos! O que poderia parecer como respostas problemas são, na realidade, o feedback que necessito para planejar uma experiência de ensino totalmente envolvente.

Algumas Exemplos de Pressignificação

O que eu preciso pressignificar vai depender do grupo (isto é, depende dos seus mapas particulares ao iniciar o curso). Por exemplo, se eu estivesse ensinando PNL para um grupo de psicoterapeutas, eu poderia querer alterar sua crença que PNL não é uma psicoterapia "real". Eu poderia dizer: "certamente PNL foi originalmente desenvolvida ao ser estudada a psicoterapia de Fritz Perls, Virginia Satir e Milton Erickson. Isto significa que todas as noções fundamentais da PNL já estavam implícitas no trabalho daqueles psicoterapeutas. Originalmente PNL era concebida como sendo um "meta-modelo", um modelo de um modelo, para as várias espécies de psicoterapia. Algumas pessoas ainda dizem que PNL não é, de forma alguma, na realidade, uma nova forma de psicoterapia; é apenas uma aplicação poderosa da terapia Ericksoniana com o estilo questionador de Virginia Sater e com algumas atitudes de Perls. Mas eu penso que há alguns modelos novos totalmente originais dentro da PNL." Algumas vezes, a pressignificação não precisa ser enunciada porque é pressuposta muito bem pelo tópico que eu escolhi. Por exemplo, eu tenho, até agora, tido sucesso com este comentário que faço aos não iniciados em PNL: "Em PNL nós, às vezes, afirmamos que temos a cura da fobia em 10 minutos. Mas obviamente que isto não é verdade. Leva ao menos 20 minutos para atingir o rapport e "preparar" a cena para que o processo funcione. Eu considero que há um risco afirmar que estes "10 minutos" são suficientes e que sempre vale a pena reservar uma sessão inteira". A pressignificação de que o processo de fobia leva uma sessão é admitida ao discutir se leva dez ou trinta minutos.

Quando estou ensinando resolução de conflito ganha-ganha, usualmente digo algo como: "Todos sabem que há uma forma melhor de solucionar conflitos. Ditados como "uma mão lava a outra" são baseados nesta atitude que eu chamo ganha-ganha. Mas é muito fácil a teoria. A questão é: "Como você faz isso? Quais são os passos? Como levar seus filhos, seu chefe, a fazer isso com você? É isto que eu quero discutir a seguir."

Algumas pressignificações são tão fáceis que você pode aplicá-las em muitas situações. Por exemplo, sempre que você estiver ensinando uma habilidade poderosa, na qual você quer que as pessoas acreditem, você pode dizer: "Quando você estiver usando uma habilidade poderosa como ...X..., há aspectos éticos sobre onde usá-la. Quando não será apropriado usá-la?"

Uma outra pressignificação padrão é uma que eu uso para grupos que já tenham um preconceito, que pensam que já aprenderam a habilidade que estou por lhes ensinar, e que (como o pianista do Paul Watzlawick) já estão convencidos que não vai funcionar. Eu digo: "Tenho certeza que muitos de vocês já encontraram pessoas que aprenderam pela metade esta habilidade e saíram mundo afora usando-a de forma errada. Vocês sabem como é isso! Sem alguns dos pontos chaves que aqui praticaremos, isto é positivamente perigoso! Usada sem a total compreensão, esta habilidade poderá causar mais problemas que vantagens. Quem já passou por isso?" (A propósito, se ninguém teve esta experiência não há problema). Se algumas pessoas já tiveram esta experiência, eles irão aceitá-la, admitindo que aquelas pessoas precisam aprender mais precisamente como fazê-lo. O que eles me dizem então, me fornece os pontos chaves para reforçar, quando estou ensinando, e permitir sua compreensão.

Uma experiência comum é estar num grupo no qual as pessoas têm um sistema de crenças de que o que elas pensam é incompatível com meu assunto. Se estou ensinando PNL a um grupo de fundamentalistas cristãos, por exemplo, eu pressignifico a partir da posição deles. Quando estamos por aprender habilidades de rapport, eu digo: "Construir o rapport através da crença da outra pessoa é uma ideia muito antiga. O apóstolo Paulo disse aos romanos: "Regozijem-se com aqueles que se regozijam, e chorem com aqueles que choram". Mas parte da moderna psicologia tem tido a tendência de se afastar disso pelo temor de se ver muito envolvida. Assim, a questão é: "É ainda correto usar este processo?" Neste caso, estou apresentando um tópico para discussão, cujo resultado me interessa e é facilmente previsível".

Tempo de Brincar!

Agora parece ser o momento próprio para começar a experimentar com as suas "pressignificações". Lembre-se dos passos do processo:

  1. Identifique todas as pressuposições cruciais e atitudes que você quer instalar para assegurar que seus estudantes possam aprender as habilidades ou informações que você ensina.
  2. Para cada uma, prepare um enunciado ou experiência que demonstre este significado fundamental. Você pode enunciar isto explicitamente ou pressupô-lo enfaticamente.
  3. Identifique um tópico que ocorra apenas quando este significado é aceito e que não é essencial (você não se importa com a opinião que os alunos possam ter sobre ele).
  4. Próximo ao início da introdução do tópico, enuncie sua pressignificação e, imediatamente, suscite um tópico não essencial para consideração.
  5. Ao longo do curso, sempre que outras objeções forem suscitadas, identifique a pressignificação necessária para contrapor a elas. Desta forma, você pode modificar seu início, na próxima vez, para incorporar a nova pressignificação.

Você pode reunir suas melhores presssignificações e compartilhá-las com outros. Você pode, também, querer modelá-las e usar seu próprio estilo de pressignificações de sucesso repetidas vezes. Ensinar tem tudo a ver com o ser humano. E ser humano significa ser divertido, certo? A única questão é, "Como temos certeza de conseguir todas as vezes o divertimento que nós merecemos?"

Publicado na Anchor Point setembro 1996
Publicado no Golfinho Impresso Nº 28 de fevereiro/1997
Tradução: Evanice L. Pauletti    
Revisão: M. Helena Lorentz

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