No início dos anos 70, Carl e Stephanie Simonton demonstraram que o uso da visualização e das imagens mentais parecia contribuir para curar alguns pacientes com câncer. Carl Simonton que é oncologista, descobriu que se ele mostrava aos pacientes um raio X de um órgão canceroso e um raio X de um órgão saudável, e depois descrevia como deveria funcionar o órgão saudável, muitos pacientes eram capazes de se curarem mais efetivamente. Eles de alguma maneira, eram capazes de usar as imagens do órgão saudável como marco para a sua cura. Usando essa orientação, Stephanie Simonton que é psicóloga, começou a incorporar o processo de visualização dos tecidos saudáveis como parte suplementar no tratamento dos pacientes com câncer.
Além da intervenção médica normal, os pacientes eram instruídos para imaginar mentalmente as partes afetadas do seu corpo se tornando saudáveis. Os Simontons caracterizavam as células cancerosas como "fracas e desordenadas" ao invés de invasoras mortais. Eles encorajavam os pacientes a visualizar seu sistema imunológico como forte e vigoroso, e capaz de agressivamente limpar as células cancerosas fracas e desordenadas. Muitas vezes os paciente tratados dessa maneira tiveram recuperações notáveis mesmo quando outras intervenções fracassaram. O enfoque teve efeitos tão positivos em tantos pacientes que os Simontons criaram uma clínica onde os pacientes com câncer poderiam praticar as técnicas da visualização. O método dos Simontons, descrito em seu livro Getting Well Again (1978) (em português Com a Vida de Novo), orientou muitas pesquisas na área da cura da mente/corpo no tratamento para o câncer.
Os métodos e os princípios da PNL foram capazes de intensificar ainda mais o enfoque básico dos Simontons, particularmente para incluir outros sistemas representacionais (isto é, auditivo e cinestésico) como suplemento para a visualização, e no trabalho com crenças e sistemas de crenças. Nem todas as pessoas, por exemplo, têm uma capacidade altamente desenvolvida para visualizar. Algumas pessoas são mais orientadas auditiva ou cinestesicamente na maneira em que elas formam os seus mapas mentais. A PNL foi capaz de oferecer outras técnicas e habilidades, além da modalidade visual, para aqueles que usam outros sistemas representacionais para organizar as suas experiências.
Os assistentes da clínica dos Simontons, por exemplo, aprenderam a usar a PNL a fim de igualar primeiro o sistema representacional dominante do paciente (como palavras, sons ou sensações), e depois usá-lo para ajudar o paciente a formar a imagem mental do órgão saudável. As distinções nas submodalidades da PNL também foram empregadas para alterar a imagem não saudável para uma representação mais saudável.
Texto traduzido e adaptado da Encyclopedia of Systemic NLP and New Code de Robert Dilts e Judith DeLozier.
Veja também: obras de Carl Simonton e de Stephanie Matthews-Simonton