Por Andréa Lèbre*
Pessoas com objetivos parecidos, com experiências diferentes, com habilidades complementares, com bom humor, com outras ideias, com outros contatos, com um bom abraço, com um bom papo, que contam uma piada engraçada. Pessoas que podem nos levar ao trabalho de nossos sonhos. Pessoas que podem nos trazer o amor de nossa vida. Com elas, a gente almoça, vai ao cinema, toma chope. Faz negócios, ganha dinheiro, aprende a trabalhar em equipe. Com algumas delas podemos realizar aquele projeto, montar uma loja no shopping, andar no calçadão e falar mal do desempenho do time no último domingo. Comemora conquistas. Agüenta os trancos e pede socorro. Informam. Aconselham. Pedem auxílio. Trocamos ideias, referências, opiniões. E nisso tudo, a gente aprende, ensina e se diverte.
Essa é a sua rede de relações, sua network. Você já cultivou esse patrimônio e já colhe os frutos. Se você pensar em sua história, de como chegou até aqui, certamente vai ver como pessoas influenciaram suas tomadas de decisão, forneceram indicações e trouxeram oportunidades. Como você conseguiu seu primeiro emprego? Como conquistou seus principais clientes? Como decidiu aonde passaria as últimas férias? Como resolveu seu último problema?
Com a PNL aprendemos a utilizar ferramentas e técnicas para expandir nossos recursos e (re)descobrir nosso potencial. Que tal agora nos concientizarmos da infinita fonte de recursos que é nossa rede de relações e utilizar nossas habilidades de planejamento e modelagem para tornar esse processo ainda mais produtivo? Afinal, pessoas são fontes inesgotáveis de recursos, ideias, conselhos, informações, referências, contatos, sugestões e diversão!
Para proporcionar terreno produtivo ao cultivo da sua rede você precisa perceber que o network é uma via de mão dupla, onde os recursos, habilidades e talentos são compartilhados e somados. E, nesse processo, tornados públicos e divulgados ao mercado. Essa mentalidade contribui com nossa vida pessoal e profissional, simultaneamente.
A sua rede de relações, para render bons frutos, precisa ser alimentada e cultivada. São os seus recursos pessoais que a alimentam e seus objetivos que norteiam seu cultivo. A melhor forma de cultivar uma boa rede de relações é disponibilizando seus recursos e sabendo o que procura. Dessa forma, o sistema vai lhe recompensar. Assim como um jardim bem cuidado, sua network vai gerar flores e frutos.
Para muitos de nós, essa atividade não é nova. Saber cultivar relacionamentos é um dom natural para algumas pessoas. Elas nem precisam desenvolver técnicas nesse sentido, pois esbanjam empatia e sempre têm tempo para uma conversa com um conhecido. Elas ouvem suas necessidades, conhecem muitas pessoas, direta ou indiretamente, compartilham recursos, buscam conexões, se oferecem para casar oportunidades e permitem que você use seu nome para conseguir abrir uma porta. Não tem mágica, não tem técnica. Basta estar disponível e ser generoso. Muitas pessoas vão lhe tratar da mesma forma. Ser um bom networker também significa ser um grande visionário que pensa a longo prazo. Eles contribuem com o sistema sem esperar retorno imediato.
Uma vez cultivada, você vai adquirir o direito de usufruí-la. E as possibilidades são infinitas. Sua rede vai atuar como rede de propaganda natural, como rede de oportunidades, como rede de informação, como rede de segurança e como banco de talentos, recursos e habilidades.
E sua rede de relações ainda pode render muito mais! Basta um pouco de esforço aplicado no ponto certo, aliado à capacidade de planejar que você certamente já desenvolveu, para gerar resultados ainda maiores.
Que tal agora pegar o telefone, marcar um almoço com um velho amigo, saber o que ele anda fazendo e descobrir como você pode agregar recursos aos seus objetivos? Ele também vai querer saber de suas atividades e planos. E certamente, ele também tem idéias, informações, referências e conselhos para compartilhar com você. Vivemos num mundo em que as questões são complexas demais para darmos conta sozinhos.
* Andréa Lèbre, Master e Trainer em PNL, foi picada pela mosca azul do network há mais de 5 anos, e quer compartilhar sua metáfora e as ferramentas necessárias para você criar, manter e utilizar sua rede de relações.
Entre em contato: lebret@pontocom.com.br ou pelos telefones (021) 220-9089 ou (021) 512-0749.
Publicado em "O Golfinho" nº 41 de JUN/98
Networking - um verbo de ação
Por Andréa Lèbre*
Num cenário como o de hoje, onde a complexidade parece ser a palavra de ordem, ter uma boa rede de relacionamentos (network) à qual você pode recorrer em busca de apoio, oportunidades, parcerias e informações é o maior de todos os seus recursos. No número passado de O Golfinho conversamos sobre a metáfora da rede e sobre qual a importância do cultivo de uma network. Espero que você tenha se lembrado das suas próprias histórias, dos objetivos que você alcançou graças às pessoas de sua rede de contatos. (E por falar nisso, ligou para aquele seu amigo? :-) )
Tenho verificado que a simples conscientização gera movimento. Após algumas palestras e alguns artigos, recebi ótimos feedbacks de pessoas que reavivaram antigos contatos e aproveitaram um pouco mais do potencial adormecido de sua rede de relações.
Reconhecer a importância de uma network bem cultivada é o primeiro passo para colher os frutos. A questão agora passa a ser como sistematizar essa atividade.
Fazer networking é estabelecer um processo recíproco, baseado na troca de ideias, conselhos, informações, referências, contatos e sugestões, aonde os recursos, habilidades e talentos são compartilhados e agregados. E, nesse processo, tornados públicos. Essa mentalidade contribui com nossa vida pessoal e profissional simultaneamente.
Fazer networking é, antes de mais nada, colocar-se em circulação. Alguns dos melhores networkers desenvolveram o hábito de adicionar pelo menos um nome por dia à sua agenda de telefones. Mas, a atividade vai muito além de conhecer gente. Fazer networking é, principalmente, cultivar relacionamentos. E isso se faz com pequenas ações — um telefonema, um fax, um almoço, uma carta de agradecimento —, aliadas à intenção de compartilhar recursos.
A natureza do networking é tal que seus contatos não irão ajudá-lo durante toda a vida por puro altruísmo. É claro que esperam algo em troca: talvez um simples "obrigado" num momento, informações ou algum outro favor no futuro. De uma certa forma, uma rede de contatos é uma sociedade de ajuda mútua que substitui a antiga estrutura familiar na qual cada membro ajudava os demais.
"Usar" uma rede de contatos pode ser fácil, divertido, e você poderá alcançar excelentes resultados, com um mínimo de esforço corretamente aplicado. No próximo número você vai conhecer o resultado da modelagem de networkers natos.
Por enquanto, lanço um desafio: Nós, profissionais de PNL, espalhados pelo Brasil temos muitas idéias e informações para trocar. Que tal construirmos um espaço para essa troca? Sugiro que isso se faça através de cartas, artigos e depoimentos ao Golfinho. Mais alguma sugestão?
Andréa Lèbre, Master e Trainer em PNL.
Contato: (021) 512-0749 ou pelo e-mail: lebret@pontocom.com.br
Publicado em "O Golfinho" nº 42 de JUL/98