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Série Explorações Mente e Cérebro
Como Trainers de PNL nós sempre tivemos uma grande convicção sobre a nossa disciplina; entretanto, nem sempre fomos capazes de explicar como a nossa tecnologia funcionava. Também somos conscientes de que a pesquisa na nossa tecnologia tem sido relativamente limitada. A Universidade raramente suportou os nossos esforços e, de fato, muitas vezes desencorajou a exploração da PNL como uma ferramenta científica. Nós temos considerado isso como uma séria limitação, e por essa razão, temos contribuído com diversos artigos e pesquisas para a literatura profissional.
Junto com esse interesse na pesquisa, também estamos realizando investigações para os embasamentos científicos da PNL e criamos um novo campo chamado de Neuro SynapticRemodeling Techonologies™ - (NSR)™ (Tecnologia de Remodelagem Neurosináptica) desenvolvida por Mark E. Furman. Nós descobrimos que o Sr. Furman foi capaz de integrar 26 campos científicos interdisciplinares para desenvolver um nível de conhecimento inteiramente novo para o Practitioner de PNL. O que se segue é uma amostra do que nós consideramos que irá contribuir consideravelmente para o campo da PNL. (Ed & Maryann Reese, Southern Institute of NLP/International NLP).
O cérebro humano é considerado como a organização mais complexa da matéria no universo conhecido. Durante os últimos cem anos, mais de 26 campos interdisciplinares tentaram modelar a sua complexidade. Somente agora, através das tecnologias impressivas tais como a ressonância magnética do cérebro e da neurofísica, temos sido capazes de estabelecer as conexões entre as funções microscópicas e os padrões macroscópicos do comportamento que nós observamos todos os dias. A fim de avaliar com precisão a assustadora tarefa de modelar a mente e o cérebro, vamos começar mencionando alguns fatos sobre o cérebro.
O cérebro humano médio tem na ordem de 100.000 bilhões de células que estão todas presentes na hora do nascimento. Virtualmente nenhuma nova célula cerebral é adicionada durante a vida. Essas células cerebrais são chamadas de neurônios e acredita-se que é a unidade básica da comunicação no cérebro.
Cada um desses neurônios irá se conectar com cerca de 1.000 a 100.000 de outros neurônios para formar um mínimo de 100 trilhões de conexões chamadas de sinapses. É fácil imaginar que só através de uma fiação poderosa, a tarefa de rastrear a comunicação entre as células poderia ser difícil se não impossível.
Para complicar ainda mais o rastreamento, a mensagem pode passar de um neurônio para outro em apenas alguns milésimos de segundo. Aqui, a velocidade de transmissão se torna um outro desafio. Também é importante notar que o cérebro mantém a sua flexibilidade com suas 100 trilhões de comunicações que não são ligadas por fios como um computador.
O pequeno intervalo mencionado acima, a sinapse, permite que as mensagens elétricas sejam convertidas em mensagens químicas as quais passam de célula para célula e, de novo, se convertem em mensagens elétricas. Até agora, cerca de sessenta diferentes mensageiros neuro ativos químicos foram identificados os quais se acredita que carreguem incomensuráveis instruções diferentes através do cérebro.
A partir desta matéria prima, o cérebro pode criar um número infinito de padrões de sequências eletroquímicas tornando extremamente difícil o trabalho do modelador. Uma imagem em corte do cérebro chamada de SQUID (super conducting quantum interference device), é capaz de detectar os campos magnéticos intracelulares, resultantes da atividade cerebral que são 1 bilhão de vezes menor que o campo magnético da terra. Esse dispositivo tem ajudado os neurocientistas a fazerem as conexões entre os padrões das sequências eletroquímicas no cérebro e os comportamentos humanos macroscópicos tais como o aprendizado, a memória e o pensamento.
Tecnologias modernas de imagens fornecem uma janela para resolver alguns dos mistérios do cérebro. Muitos cientistas concordam que o conhecimento compreensivo do cérebro somente poderá ser atingido pela integração de tudo que foi aprendido através de cada via da pesquisa dos últimos cem anos.
A investigação e a integração são difíceis, porque cada campo tem desenvolvido seu próprio vocabulário muito especializado, especificamente voltado para sua área de inspeção. A PNL oferece uma série específica de ferramentas de linguagem para desempacotar o vocabulário de cada campo.
Na tecnologia da PNL, os Practitioners têm segmentado para baixo ao nível das submodalidades que são descritas nesse campo como os menores blocos da estrutura da geração do comportamento. No campo da Remodelagem Neuro Sináptica (RNS) a tarefa da modelagem dos níveis do segmento da mente e do cérebro está abaixo do nível das submodalidades.
A RNS opera a partir do índice relativo e simultâneo dos vinte e seis campos interdisciplinares da pesquisa científica (veja relação abaixo).
- Ciência da Estrutura e Coordenação Dinâmica dos Sistemas Complexos
- Teoria da Formação do Padrão Espontâneo Auto Organizado
- Sistemas Complexos Não Equilibrados Auto Organizados
- Neuropsicologia
- Infocinética
- Sistemas Dinâmicos Não Lineares
- Biofísica
- Biomecânica
- Bioquímica
- Neurofísica
- Psicofísica
- Neurofisiologia
- Neuroanatomia Funcional
- Genética Comportamental
- Psiconeuroimunologia
- Psicolinguística
- Neurolinguística
- Programação Neurolinguística
- Sinergética
- Neuroendocrinologia
- Psicobiologia
- Biologia Molecular
- Neurobiologia
- Neurociência Cognitiva
- Mecânica Quântica
- Rede Neural Cognitiva
Um dos temas de extremo interesse para os Practitioners de PNL, clínicos e médicos é o campo da hipnose. Perguntas habituais que são feitas: O que é a hipnose? O que é o transe? O que é um estado alterado? Como funciona o fenômeno hipnótico? Por que o cérebro é susceptível a sugestão durante a hipnose? Por que nós podemos conseguir profundas mudanças durante o transe que parecem impossíveis sob outras condições? Você deve se perguntar: qual é o proveito de sermos capazes de descrever o que está acontecendo na mente e no cérebro durante o fenômeno hipnótico?
Certamente um critério é que muitos indivíduos exigem uma descrição cognitiva para serem convencidos. Para explorar essa e outras perguntas válidas, nós temos que começar acionando algumas crenças, pressuposições e vocabulários diferentes.
Será que nós realmente temos uma mente consciente e uma inconsciente? Pesquisas atuais das ciências neurofísicas dizem que não. Em todas as épocas, a hipnose foi explicada com termos tais como consciente, inconsciente, pré-consciente, subconsciente, níveis de consciência e profundidade do transe.
No contexto da linguagem, todas essas palavras têm que ser des-substantivadas. A hipnose é um exemplo. Para termos um claro entendimento de como a hipnose funciona, é essencial que adotemos um novo vocabulário para pensar sobre a função do cérebro.
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Nesse ponto, nós precisamos agora des-substantivar a palavra "hipnose". Desde o princípio, os hipnotizadores clássicos têm se referido à hipnose como um estado em que você entra e que você sai. Contanto que nós consideremos a hipnose e o transe como um estado, isso nos impede de entender como o processo funciona e o que está ocorrendo no cérebro. A hipnose é um processo externo de uso dos padrões de comportamento para induzir o transe. É uma interação dinâmica envolvendo constantemente o clínico e o cliente.
Para estabelecer um modelo que explique a hipnose, temos que começar no nível da geração de padrões entre os neurônios. Esses padrões de sequências eletroquímicas são afetados pelo processo da hipnose em três pontos básicos: nível da atividade, fonte da informação e ambiguidade e intermitência.
Nível de Atividade
Os padrões das sequências eletroquímicas se propagam em certas frequências no cérebro. Um dos principais objetivos de qualquer indução hipnótica é reduzir o nível da atividade ou frequência nos quais esses padrões são gerados. Quando estiver induzindo o transe, muitos hipnotizadores diminuem o ritmo de suas vozes e falam mais baixo. Como a diminuição afeta o nível de atividade do cérebro? Dois princípios da neuro física ajudam a explicar isso: a ressonância forçada e a fase fechada.
A ressonância forçada é um processo no qual a frequência de uma força motriz (o ritmo da voz) se iguala com a frequência natural da estrutura (cérebro) por um processo que nós conhecemos como compassar. O processo de compassamento é conhecido como a fase fechada. A força motriz (ritmo da voz) pode liderar o nível da atividade ou a frequência do cérebro numa direção inibitória (para o transe) ou excitada (fora do transe) logo que sincronizada feche com a frequência natural do cérebro.
Metaforicamente você deve pensar sobre dois relógios pendurados na mesma parede. Se você fizer um relógio funcionar balançando o pêndulo e depois o outro, os pêndulos irão permanecer fora de sincronia por um curto período de tempo. As vibrações conduzidas pela parede fornecerão informações com as quais os pêndulos ficam em fase fechada. Na sua próxima olhada, você verá os dois pêndulos balançando igual. Uma vez atingida a fase fechada, os pêndulos balançam na mesma direção e no mesmo ritmo.
O princípio da ressonância forçada pode conduzir o cérebro a baixar da atividade das ondas beta (aproximadamente de 12 a 30Hz) para a atividade das ondas teta (aproximadamente de 4 a 8HZ). Essa mudança na atividade do cérebro pode ser facilmente vista num EEG que mede as ondas magnéticas extracelulares.
O significado da mudança do nível da atividade do funcionamento do cérebro das ondas beta para as tetas é que todas as faculdades do cérebro e da mente são dependentes delas e sujeitas as esses níveis de atividade ou estados globais do cérebro (diminuir o nível de atividade do cérebro causa muitos fenômenos de transe como a catalepsia).
Desse modo, faculdades como a visualização, memória, atenção e vontade irão estar acessíveis num nível de atividade e não em outro. Quando o nível da atividade do cérebro decresce, existe uma troca na dominância entre norepinefrina (NE) e acetilcolina. Quando a norepinefrina cai e a acetilcolina sobe, as imagens visuais se tornam mais vívidas e cai a capacidade de prestar atenção e exercer a vontade.
Fonte de informação
Quando cai o nível de atividade na base do cérebro, o input da fonte de informação avaliada pelo cérebro, muda a predominância do externo (exteriorização) para o interno (interiorização). Quando alguém dá menos atenção para a informação que vem dos sentidos, mais atenção é dada para a informação interna resultante da interação dinâmica entre os padrões armazenados no cérebro chamados de memória e o ambiente externo. Isso é reportado como processamento em cima – em baixo.
Padrões hipnóticos geralmente procuram executar as duas tarefas simultaneamente. Como practitioners de hipnose, nós fomos instruídos para diminuir o ritmo da voz (reduz o nível da atividade) e direcionar a atenção do assunto interior ao mesmo tempo.
Ambiguidade e Intermitência
Hipnotizadores sabem há muito tempo que a ambiguidade conduz a pessoa para o transe enquanto a especificidade conduz a pessoa para fora do transe. O uso da ambiguidade, sintática, fonológica ou outra forma, é o caminho mais rápido para induzir um indivíduo para o transe.
Para entender como isso ocorre, o transe precisa ser redefinido. O transe é um processo interno de transição pelo qual a atividade eletroquímica do cérebro é reorganizada dinamicamente, permitindo que ela se desloque suavemente entre seus estados coletivos. Ela efetua isso desestabilizando os estados existentes e permitindo a reorganização espontânea de novos estados. A informação disponível em cada estado ou fase do cérebro será diferente.
Um modo mais fácil de pensar sobre essa fase ou estado de transição é compará-la com os estados ou fases da água. Na física, a água pode ser sólida, líquida ou gasosa. Imagine que você, ao lado de um poço, pega seis seixos e atira no poço. O impacto dos seixos na água resulta num padrão de seis círculos concêntricos interferindo uns com os outros.
E se esse padrão representasse uma certa memória? Se a água estivesse no ponto de congelamento e você atirasse o seixo no mesmo lugar, você esperaria que aparecesse o mesmo padrão de círculos? A resposta é não. E se o estado da água fosse gasoso? A água poderia ser capaz de produzir o mesmo padrão a partir do mesmo input? De novo a resposta é não.
O cérebro funciona todo o tempo sob essa restrição. Entretanto, ao invés dos três possíveis estados ou fases coletivas, o cérebro pode entrar e sair de um número virtualmente infinito de estados ou fases. Essas fases formam atratores, áreas na fase espacial onde atividades caóticas entram em ordem auto organizadas e padrões previsíveis. A diversidade resultante do padrão espaço-temporal é chamada de atratores de perspectiva. (veja NLP and Self-Organization Theory por Robert Dilts, AP, Junho 1995)
O exemplo da água ilustra porque a informação pode ficar presa dentro de estados e atratores diferentes do cérebro. O acesso à informação é dependente da reprodução aproximada do padrão de sequências eletroquímicas. Como no exemplo da água, nós não podemos esperar que o cérebro produza os mesmos padrões até que ele entre no estado ou fase no qual esses padrões foram inicialmente codificados.
O processo hipnótico torna essa informação mais acessível porque ele facilita a capacidade do cérebro de mudar mais rapidamente entre os estados do cérebro (padrões e atratores). Para entender o efeito da ambiguidade no cérebro nós devemos explorar o processo de transição de um estado (fase) para outro.
Em linguagem física, esse processo de transição é chamado de transição da fase não equilibrada. Essa fase de transição é o conceito individual mais crítico na compreensão da hipnose.
Todo o complexo sistema não linear no universo conhecido mantém sua flexibilidade mudando rapidamente de um estado para outro. Os sistemas realizam isso através do processo da transição da fase não equilibrada. A pressuposição operacional é que o estado do qual você está saindo deve ser desestabilizado (trazido para o não equilíbrio) a fim de mudar para o estado que você quer entrar. Em resumo, o principal mecanismo utilizado por qualquer sistema complexo incluindo o cérebro, para entrar ou sair de um estado, é a transição da fase não equilibrada.
Por essa razão, o padrão da linguagem hipnótica atua como uma influência paramétrica que pode manter o sistema perto ou entre os estados (atratores), menos neles. Isso provê o sistema com uma grande flexibilidade e fluidez. Em outras palavras, ao manter um sistema complexo perto da instabilidade, nós estamos dando ao sistema um acesso mais rápido aos seus estados coletivos, recursos e informações que normalmente ficam presos pela codificação do estado dependente. Podemos então determinar que quanto mais estável for um padrão ou estado, menos flexibilidade terá o sistema.
Como o processo de hipnose desestabiliza os estados atuais a fim de passar para novos? A desestabilização ocorre de duas maneiras. A primeira é através da ambiguidade.
Quando um estímulo apresentado por um dos sistemas sensoriais é ambíguo, isso é a causa para o cérebro ficar mudando de uma para outra entre duas ou mais representações (padrões ou estados). A troca é facilitada pela transição da fase não equilibrada (transe). Ao invés do sistema entrar numa representação reconhecível, estável (como acontece quando nós usamos especificidade), o cérebro rapidamente troca entre as representações possíveis (padrões ou estados). Essa condição é chamada de intermitência e é uma marca registrada de todos os sistemas complexos não lineares.
O mais difícil é esclarecer o conflito, como é o caso com a ambiguidade fonológica ou sintática, que será mais longo enquanto o sistema permanecer em intermitência. No caso da intermitência, o sistema subsiste perto ou entre os atratores (padrões), menos neles. O sistema está numa transição.
A segunda maneira em que a hipnose desestabiliza os padrões existentes é através da ressonância forçada e frequência-fechada, um tipo de fase fechada. Todos os padrões no cérebro são dependentes da frequência. Quando diminuímos o ritmo da nossa voz, nós conduzimos o cérebro pela ressonância forçada, devido a diminuição da frequência da atividade.
Num certo ponto, o cérebro é incapaz de manter um padrão determinado por qualquer período de tempo e começa rapidamente a troca entre os padrões. Esse fenômeno também pode ser visto no sono REM. Durante o sonho o cérebro faz essas trocas muito facilmente, apesar de que os estados e os contextos, praticamente, não são controláveis pela pessoa sonhando. Mais tarde vamos discutir alguns dos mistérios comuns do transe e integrar essa informação.
Uma das sensações mais comuns experimentadas por alguém em transe é a sensação da profundidade. Agora nós podemos descrever num nível neurobiológico o que acontece a esse indivíduo. A profundidade no transe é experimentada como o resultado entre a norepinefrina e a acetilcolina na base do cérebro.
Quando o nível de norepinefrina cai, o submetido à hipnose sente sensações similares àquelas experimentadas quando se passa da vigília para o sono (os dois estados mais básicos do cérebro). Os níveis do transe experimentado pelo indivíduo correspondem aos níveis da norepinefrina na base do cérebro.
Esse tipo de correspondência temporal entre trocas de frequência microscópica e níveis macroscópicos de funcionamento é chamado de fractal. Um fractal é um processo no qual os padrões que ocorrem numa escala espacial ou temporal são repetidos em escalas sempre maiores. Nesse caso, a neurobiologia da base do cérebro e os indicadores macroscópicos do transe que o submetido e o observador podem calibrar, constituem um fractal.
Uma outra experiência comum do transe é a conservação ou economia do momento. Quando o nível de acetilcolina na base do cérebro aumenta, o pons, uma parte da base do cérebro, envia um comando para os músculos esqueléticos que inibem o movimento dos membros.
Essa característica da nossa neurobiologia é particularmente útil quando entramos no sono REM. Ela nos permite experimentar sonhos vívidos sem a corresponde atividade neuromuscular que poderia nos colocar em perigo bem como a outras pessoas próximas. Durante o sono REM, a atividade neuromuscular é completamente desligada.
Quando o submetido ao transe desperta, nós observamos o que chamamos de reação de reorientação, que consiste em sair de um estado sem movimento para este de movimentos normais e rápidos. Isso indica que o balanço neuroquímico na base do cérebro mudou de novo.
Ao modelar o sistema cérebro/mente através da lista de cerca de vinte e seis campos científicos simultâneos de pesquisa, a Remodelagem NeuroSináptica constrói modelos estimulantes e úteis para nos ajudar a entender e a influenciar o comportamento humano com grande precisão.
O modelo teórico da hipnose representa apenas a ponta do iceberg. O que nós podemos compreender sobre memória, aprendizagem, comportamento, hipnose e muitas outras intervenções terapêuticas será assunto nas próximas "Explorações da Mente e do Cérebro".
Mark E. Furman, Practitioner de PNL e Maryann Reese, Trainer, trabalham na Southern Institute of NLP.
Artigo original, em inglês, publicado na Anchor Point de outubro de 1995.
Tradução publicada no www.golfinho.com.br em Dez/2004
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