Escrito por:
Publicado em:
"Eu sou um homem de princípios fixos e inflexíveis,
o primeiro dos quais é ser flexível em todos os momentos."
Everett Dirksen
Nós temos um ditado na Programação Neurolinguística (PNL) que diz: "Ganha aquele que tiver mais flexibilidade." Eu não estou falando sobre tocar o nariz com o dedo do pé ou fazer a abertura completa das pernas.” Eu estou falando sobre ser flexível na forma como você reage em qualquer situação dada.
Infelizmente a maioria de nós é bastante inflexível porque na vida nós reagimos em vez de responder. Qual é a diferença?
As pessoas que são reativas se alimentam dos seus impulsos automáticos. Elas reagem quase instantaneamente e suas reações estão baseadas em suas crenças e preconceitos conscientes ou inconscientes. Elas falam ou fazem algo sem pensar, e sua reação é, normalmente, algum tipo de luta, fuga ou bloqueio. As reativas fazem os julgamentos num estalar de dedos sobre as situações e raramente sequer ouvem uma outra pessoa. Na realidade, muitas vezes, elas começam a reagir muito antes de alguém ter feito ou dito alguma coisa!
Já alguém que responde é diferente. Ele normalmente demora algum tempo — ou pelo menos o de uma respiração profunda — e responde com ponderação a partir de uma perspectiva mais ampla. O respondedor é aberto e curioso, não defensivo. Um respondedor permanece com os pés no chão e em sincronia com os seus valores fundamentais, mas ele também é flexível nas suas atitudes. Quando você lida com um respondedor, você sente que está sendo ouvido e compreendido. O responder leva em consideração os outros envolvidos e até mesmo as consequências a longo prazo da resposta dele.
Os respondedores são flexíveis naquilo que eles têm muitas opções para escolher. Os reativos não.
Então, como a flexibilidade aparece na vida? Nos relacionamentos é difícil lidar com uma pessoa inflexível e, muitas vezes, julgador ou crítico porque qualquer coisa fora "da maneira como as coisas devem ser" está errado para ela. Ela, muitas vezes, enfrenta os relacionamentos com "é do meu jeito e ponto final". Como permanece firme nas suas convicções, se recusa a perder uma discussão e quase nunca se desculpa.
Uma pessoa flexível, por outro lado, é capaz de flutuar com a maré. Em vez de constranger os outros com a sua limitada definição do bom e do mau, ela permanece aberta, respeitando a diversidades de atitudes e formas de ser. Ela procura entender as diferenças e então chegar a um acordo. Ela não abandona seus valores fundamentais, mas reconhece que esses valores podem ser expressos de várias maneiras.
E a solução de problemas? Quando confrontada com um desafio, uma pessoa inflexível, muitas vezes, reverte para “isso sempre foi feito desse jeito”. Ela se apega a soluções experimentadas e certas, ignorando ou mesmo ridicularizando as sugestões incomuns ou avançadas. Quando os tempos mudam e as velhas soluções já não funcionam, ela é vagarosa para se adaptar — ou até mesmo se recusa a se adaptar.
Mas as pessoas flexíveis veem desafios de todos os ângulos, permitindo-se chegar a soluções tipo “fora da caixa” que nunca alguém propôs antes. Elas ouvem as ideias dos outros e as desenvolvem. Elas tomam pulso do que está acontecendo e, ao invés de temer a mudança, elas a recebem com prazer e, prontamente, se movimentam para conhecê-la. As pessoas flexíveis estão comprometidas com seus objetivos, mas permanecem maleáveis e abertas em como elas abordam essas metas.
Quando se trata da autoidentidade, uma pessoa inflexível é incapaz de se movimentar rapidamente. Logo que a pessoa se estabeleceu como uma advogada bem-sucedida ou uma mãe envolvida ou uma atleta famosa ou uma libertária convicta, ela fica presa no tempo se a situação mudar e essa identidade for arrancada dela. A pessoa inflexível se apega tão firmemente às velhas identidades que nem sequer enxerga as novas possibilidades que estão a sua volta.
As pessoas flexíveis mantém a identidade de uma forma imprecisa. Elas mudam com o tempo e criam novos capítulos para si mesmas quando os antigos se dissipam. Elas estão mais propensas a se recuperar e a se reerguer depois de uma perda. Elas não resistem nem se ressentem do envelhecimento ou do crescimento das famílias ou de qualquer um dos ciclos naturais da vida. Elas sabem quem realmente são e o valor delas é baseado em algo mais profundo do que o emprego que tem ou da condição do corpo.
Não é óbvio que uma pessoa flexível tem vantagem? Mas como chegamos lá?
Se você se reconheceu como uma pessoa inflexível, aqui estão algumas coisas para tentar:
Experimente alternativas: Uma das minhas perguntas favoritas é: "Como posso ver isso (ou fazer isso) de forma diferente?" É difícil usar essa pergunta no calor da batalha quando você está aprendendo a ser mais flexível. Experimente primeiro em questões menores. Por exemplo, fazer o café da manhã: "Como eu poderia cozinhar isso de uma forma diferente? O que mais eu poderia tentar além do mingau de aveia?" Ou vendo um colega de trabalho fazer algo que você não gosta: "Como eu poderia ver essa pessoa de uma forma diferente? Que boas motivações ele pode ter para esse comportamento?" Ou quando você teme um próximo evento: "Como eu poderia me sentir diferente sobre isso? Como isso pode se tornar divertido ou interessante?"
Envolva-se com pontos de vista opostos: Para ajudar a ver ou a fazer algo de modo diferente, dê a você mesmo experiências fora do normal. Por exemplo, em vez de discutir os mesmos tópicos antigos com os mesmos velhos amigos que têm o mesmo ponto de vista, procure alguém que discorde de você. Então escute, apenas escute o que ele tem a dizer. Mantenha a boca fechada, exceto para fazer perguntas. Assista a noticiários diferentes ou leia jornais diferentes do que você está acostumado. Faça o seu melhor para desligar a sua crítica interna. Seja apenas curioso.
Expanda os seus horizontes: Experimente assistir a programas de TV ou filmes diferentes que você normalmente não escolheria. Procure roupas ou alimentos em lojas que você normalmente não entraria. Ouça música que você não ouviu antes. Preste atenção no que você gosta ou o que é bom sobre essas experiências, não no que você não gosta.
Viajar: Não está no orçamento de todos, mas viajar para diferentes países pode lhe dar uma perspectiva muito mais ampla. Se você não pode viajar para algum lugar exótico, tente perambular por bairros diferentes. Visite restaurantes ou eventos de culturas diferentes, talvez tentar assistir a diferentes cultos religiosos. Faça tudo isso com uma atitude de curiosidade, não de julgamento.
"A medida da inteligência é a capacidade de mudar." - Albert Einstein
Para o seu empoderamento TOTAL!
Mahalo,
Dr. Matt
O artigo original "Empowerment Through Flexibility" encontra-se no site: www.drmatt.com