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Muitos clientes meus acham que as situações sociais são desafiadoras. Alguns se sentem confortáveis quando confraternizam com poucas pessoas e outros se sentem melhor quando estão numa multidão, onde permanecem anônimos. Eu tive a oportunidade de entrevistar Jamie, um amigo, que eu observei em uma festa com poucas pessoas em que ele veio sozinho e só conhecia os anfitriões.
Para o nosso processo de modelagem, falamos pelo telefone e, enquanto eu digitava no teclado, Jamie estava fazendo a sua corrida no Central Park. A sua capacidade de fazer mais do que uma coisa ao mesmo tempo não é surpresa. Talvez isso seja outra coisa para modelar no futuro. Aqui estão algumas das suas crenças sobre essa questão de se sentir confortável com pequenos grupos quando você não conhece a maioria das pessoas.
Para Jamie, esse conforto com as pessoas é o seu status normal na maioria das situações. Ele vê isso como uma excelente oportunidade para conhecer novas pessoas. “Eu não gosto de ficar de lado”, ele disse, “então, eu geralmente me intrometo… adoro conhecer pessoas e obter energia dessas interações.” Ele acha que em sua infância teve que aprender a ser mais sociável, porque cedo ele se identificou como um garoto levemente tímido. Mas algo mudou quando ele ficou mais velho, e ele começou a acreditar que, mesmo quando não conhece ninguém numa multidão, uma conexão acontece eventualmente. Além disso, ele acrescentou que “vive a vida com uma curiosidade inesgotável”.
Ele afirmou que realmente gosta de socializar e ganha energia com isso em um sistema que se reforça mutuamente. Quanto mais energia ele dá, mais ele sente que a recebe de volta das pessoas ao seu redor. Ele se percebe como um extrovertido, mas também reconhece que alguém como ele, como uma pessoa pública, frequentemente desempenha diferentes papéis.
Ele descreveu a sua consciência fisiológica como mantendo um comportamento aberto, em que ele inicia com um aperto de mão, e tem uma sensação de que ele nunca se detém e que só pode seguir em frente. Sua voz interior é normal e ele mantém contato visual. Tudo parece “natural” visto que ele está no ambiente público tanto concorrendo ao Congresso como fazendo conferências empresariais em que qualquer tamanho de grupo é para ele uma experiência “natural”. Ele está particularmente ciente de que precisa tomar cuidado para se autocontrolar nas raras ocasiões em que toma café, porque a cafeína lhe dá energia extra em excesso.
Algumas das suas habilidades sociais ele acredita que aprendeu consciente e inconscientemente com seus familiares. “Meu pai é naturalmente mais tímido e minha mãe mais extrovertida. A minha mãe, como meu avô materno, são comunicadores ruidosos. Como às vezes eu posso me tornar o centro da atenção em algumas situações, tento garantir que outras pessoas também compartilhem a atenção.”
Considerando que ele tem consciência da sua fisiologia e das suas capacidades, perguntei quais eram as crenças que o ajudavam a sentir-se tão à vontade. Ele explicou que acredita que todas as pessoas têm alguma história e é bom aprender as suas histórias. Além disso, conhecer os outros e se conectar torna o mundo maior e faz aliados para sempre. Ele explicou: "Somos uma teia de comunicações e quanto maior, melhor". Perguntei se já houve momentos em que ele não esteve confortável. Ele reconheceu que é um desafio se os valores do grupo são extremamente diferentes.
E então, quando perguntado quem mais é você ou o que está além dessa identidade, ele disse: “Eu posso dizer sim para tantas oportunidades quantas eu puder participar”. Ele tem um mantra que diz: "Fazer, avançar, participar". Quando perguntado qual é o seu maior propósito, ele afirmou: "Um propósito maior – é uma grande questão. O que estou fazendo na terra? Eu tenho um desejo de conectividade, porque somos uma espécie social e temos oportunidades de tornar o mundo um lugar maior e melhor.” Ele expandiu seu desejo de conectividade descrevendo como ele permanece em contato com os outros. Ele disse: “Toda vez que eu vejo alguma coisa, eu compartilho com os outros. Eu acredito que quando você está por aí no mundo, coisas boas acontecem.”
Apesar de Jamie ter vindo sozinho a essa festa em particular, ele compartilhou que gosta muito de participar com a sua companheira e, infelizmente, nessa em particular, ela não pode vir. Ele gosta de estar com ela e com outros, é o amor dele pelas pessoas e a conexão com elas que o mantém feliz.
O artigo original "Modelling Being Comfortable Meeting New People" encontra-se no site: nlptraining.com/blog/