"HIPNOSE NÃO EXISTE?", lançamento recente de Madras Editora, São Paulo, e de autoria de Steven Heller e Terry Lee Steele é considerada uma das obras clássicas de Hipnose Ericksoniana, e de Programação Neurolinguística. Uma obra aberta, que atende tanto as necessidades dos ericksonianos, quanto dos envolvidos com a PNL.
O autor principal, Steven Heller, Doutor em Psicologia Clínica, foi um dos primeiros profissionais a apresentar o que se tornou conhecida como "hipnoterapia ericksoniana". Considerado pela crítica instrutor dos instrutores em hipnose, Steven Heller, que faleceu em 1997, foi treinador e professor de Terry Lee Steele, coautora do presente "Livro do Mês".
Não é uma obra acadêmica. Mas poderíamos chamá-la de pós-acadêmica, pois o(s) autor(es) consegue(m) nas 189 páginas (da edição brasileira) transformar os leitores em aprendizes de magia, pois somos conduzidos, através de metáforas, de urdiduras brilhantes inseridas nos exemplos, a trilhar conscientemente o caminho do inconsciente. Aliás, o subtítulo de "HIPNOSE NÃO EXISTE?" diz tudo: "Monstros e Varinhas de Condão".
Nos 18 capítulos da obra o leitor irá aprender um pouco, e é muito, sobre a hipnose, sobre metáfora, transações hipnóticas, amnésia, sistema de crenças, linguagem do inconsciente, mitos, padrões de hipnose, cérebro esquerdo/cérebro direito, imagens da realidade, ou seja, "o mapa não é a realidade"; criatividade, inconsciente/consciente/metáfora, fobias, âncoras: dois belíssimos capítulos teórico-práticos sobre âncoras.
Os leitores aprenderão, em dezenas de exemplos, como trabalhar a magia da hipnose, como lançar âncoras, e como derrubá-las, e assim por diante. Os autores nos ensinam a reconstruir nossa individualidade, a nos ressignificar em contextos e/ou em conteúdos, nos mostram como a hipnose realmente funciona.
A obra nos ensina a "magia" embutida nas técnicas ericksonianas e nas de PNL, principalmente no chamado Modelo Milton. Um livro que realmente pode mudar nossa vida, pois aprendemos a criativamente processar informações, em que estilo(s) sensorial(is) está/estão nossos pontos fracos, e como mexê-los; como nos comunicar de maneira ecológica e eficaz.
Uma obra clássica, agora em português, que Golfinho, portal que vem de ultrapassar dez milhões de leitores, indica prazerosamente.
João Nicolau Carvalho, professor universitário