Termo do Mês - Dezembro de 2019
“Identidade” refere-se à nossa noção de quem somos. De acordo com o modelo de níveis lógicos da PNL, a identidade é um nível de mudança e experiência distinto das nossas crenças, capacidades, comportamentos e meio ambiente. É a percepção da nossa identidade que organiza as nossas crenças, capacidades e comportamentos em um único sistema. A nossa noção de identidade também se relaciona à nossa própria percepção em relação aos grandes sistemas dos quais fazemos parte, determinando o nosso senso de "função", "propósito" e "missão". Assim, as percepções da identidade têm a ver com perguntas como: "Quem sou eu?", "Quais são meus limites?" e "Qual é o meu propósito?".
A identidade também está fisiologicamente relacionada ao sistema imunológico, ao sistema endócrino e a outras funções de sustentação da vida profunda. Assim, a mudança ou a transformação da identidade pode ter um efeito tremendo e quase instantâneo na fisiologia da pessoa. Pesquisas médicas em indivíduos com múltiplas personalidades mostram que mudanças notáveis e dramáticas podem ocorrer quando um indivíduo muda de uma identidade para outra. Por exemplo, os padrões das ondas cerebrais para as diferentes personalidades geralmente são completamente diferentes. Algumas pessoas com múltiplas personalidades carregam vários pares diferentes de óculos pois suas visões mudam em cada identidade. Outros indivíduos terão alergias em uma personalidade e não em outra. Um dos exemplos mais interessantes da mudança fisiológica com identidades diferentes é o de uma mulher internada em um hospital para tratar o diabetes, e que “confundiu seus médicos por não mostrar os sintomas do distúrbio nos momentos em que uma personalidade, que não era diabética, era a dominante...”
O termo “identidade” vem do latim e significa “a mesma coisa”. Segundo o dicionário Webster, a identidade é “a semelhança de caráter essencial ou genérico em diferentes exemplos ou situações”. Nesse sentido, está relacionada ao que é imutável e funciona como um fio entre contextos e está expressa em tudo que fazemos.
É a possibilidade de fundir "sujeito" e "objeto" que cria os maiores desafios em relação à identidade. É possível que as pessoas se “identifiquem” com vários aspectos diferentes da sua experiência. As pessoas podem se identificar com o seu ambiente ou partes do ambiente, referindo-se a si mesmas como “gente do campo”, “morador da cidade”, “apaixonado por gatos” ou “alcoólatras”. Os indivíduos também podem se identificar (ou serem identificados) com o seu comportamento, definindo-se como "jogador de basquete", "pintor" ou "professor". Também é comum as pessoas se identificarem como "intelectuais", "matemáticos", "artistas" ou "tomador de decisão" etc. Em outro nível, as pessoas podem se identificar com seus valores e crenças, representando-se como "conservadoras", "fundamentalistas", "ateus" ou "crentes" etc.
As pessoas também se definem em relação ao papel ou da parte que elas desempenham dentro de um sistema maior do qual elas são membros. Uma pessoa pode definir-se como o "pai", "irmã" ou "filho" em relação ao seu sistema familiar. As pessoas também se definem em termos de serem membros de uma profissão em particular, comunidade ou de sistema global maior. As pessoas podem falar de si mesmas como sendo um "homem caucasiano" ou um "ser humano", por exemplo.
Embora qualquer uma dessas maneiras possa ajudar a trazer algum grau de clareza ou de compreensão, todas elas são incompletas. Nenhuma delas constitui o “mapa correto” ou “conta toda a história”. Cada uma é limitada e potencialmente limitadora. Elas estão mais relacionadas a estrutura superficial do self do que à estrutura mais profunda.
Em resumo, uma mudança na identidade transcende comportamentos, capacidades e crenças e pode ser o nível mais profundo da estrutura que somos capazes de influenciar por meio das ferramentas da PNL. A identidade é a base subjacente de todos os outros níveis de mudança. A nossa identidade pode ser comparada ao tronco de uma árvore - é o núcleo do nosso ser. O tronco de uma árvore se desdobra organicamente a partir de uma semente, cultivando uma rede de apoio das raízes invisíveis que chegam profundamente ao solo para fornecer força e nutrição. Possui outra rede de “raízes” que chega à luz e ao ar para fornecer alimento de um tipo diferente. As raízes e os galhos de uma árvore moldam e são modelados pela ecologia em que existem. Da mesma forma, a nossa identidade é sustentada por "raízes" internas e invisíveis, na forma de redes neurais que processam a nossa percepção dos nossos valores, crenças e capacidades pessoais, bem como o ser e ambiente físico. Externamente, a identidade é expressa através da nossa participação nos sistemas maiores do qual participamos: nossa família, relacionamentos profissionais, comunidade e do sistema global do qual somos membros. O nosso sentido do self é expresso e fortalecido através do desenvolvimento, enriquecimento e crescimento desses dois sistemas de “raízes” – o sistema invisível da nossa neurologia que cresce no solo do nosso corpo e nas folhas e galhos da família, da comunidade e das redes globais das quais somos parte.
Termo do Mês - Dezembro de 2019