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Isso acontece com as melhores pessoas. Mergulhamos tão fundo na nossa rotina que nos esquecemos de fazer o inesperado. Nossos hábitos diários tornam-se as únicas coisas que fazemos. Recusamos convites para fazer outras coisas porque temos uma rotina. E não fazemos novos planos se eles não fazem parte da nossa rotina.
E antes que tomemos conhecimento, um ano se passou e realmente não nos lembramos de nada ótimo.
Isso já aconteceu com você? Comigo sim.
Agora, não me interpretem mal. Eu absolutamente amo a minha vida. Trabalhei duro para criar uma vida que eu gostasse e tenho pessoas ao meu redor que me fazem sorrir, rir e chorar.
E, às vezes, é um pouco mais comum do que a dos outros.
Todos passamos por fases em nossas vidas, e alguns até diriam que é normal e que é assim que está certo. Aceite as fases da rotina tanto quanto você aceita as fases ótimas.
E o que você acha?
Por mim, eu aceito as fases de rotina tanto quanto as fases ótimas. Às vezes, porém, eu acho que me sinto tão confortável nas fases de rotina que não procuro o ótimo.
Então, num dia recentemente, comecei a me perguntar como seria se eu pudesse misturar a rotina e o ótimo para ter a vida mais incrível que eu poderia imaginar!
Vejam, para mim, quando as pessoas falam em viver uma vida incrível como a minha, isso me parece irresistivel. O pensamento de sempre se sentir e ser incrível parece muito trabalhoso. Embora eu não seja totalmente introvertida, tenho qualidades introvertidas e não gosto de sair de casa a toda hora.
Algumas pessoas gostam, e eu invejo. Mas não para mim. Eu gosto de ter o meu tempo livre. Sossegado e tranquilo.
E isso pode se transformar em dias, semanas e meses fazendo a mesma rotina todos os dias.
Então, eu me perguntei como definiria uma vida ótima. Como os meus dias e semanas tornariam a vida ótima para mim.
É engraçado. Minha reação inicial foi sair de casa sem nada definido ou alguém me pedindo para ir a algum lugar. É verdade que eu estava me perguntando isso durante uma das minhas fases "rotineiras" em que eu realmente estava gostando de fazer a mesma coisa todos os dias. Assim eu me permitia ficar sentada pensando nessa questão sem o tempo me cobrando.
Agora, isso não é fácil para mim. Eu gosto de fazer perguntas, obter respostas e passar para a próxima.
Dessa vez, no entanto, eu estava comprometida para ver o que saía disso tudo. Então deixei continuar.
Passei uns dias carregando essa questão em segundo plano. Como eu definiria uma vida ótima?
Depois de alguns dias, comecei a obter algumas respostas interessantes.
Fazer coisas que normalmente não faria. Criar memórias que eu levaria comigo para o futuro. Ter experiências que nunca tinha tido antes. Aproveitar meu tempo livre. Me mexer um pouco mais devagar, sem a pressão silenciosa da agitação da minha mente.
Isso foi tudo que eu defini como ótimas respostas. E tudo inesperado.
De fato, observe a última. Me mexer um pouco mais devagar, sem a pressão silenciosa da agitação da minha mente. Essa era a número um.
A única que me impediu de seguir o que eu antes pensava ser uma vida ótima. Isso foi o que eu percebi como estando em desacordo com o "ótimo".
Não sei como ou quando, mas em algum momento eu comecei a definir uma "vida ótima" como sendo correndo de um evento ou de um local para outro. Isso parecia muito precipitado para mim.
E ver isso aparecer na minha definição de vida ótima explicava porque eu havia caído numa rotina tantas vezes na minha vida.
Uma parte de mim não queria o que eu tinha definido como uma vida ótima.
Até que eu percebi que essa era a minha lista. E que a definição que eu mantinha de uma vida ótima não era mesmo a minha definição. Era de uma outra pessoa que eu havia pego em algum lugar ao longo do caminho e que entrou no meu inconsciente.
Num nível consciente, a minha resposta seria passar mais tempo com meus entes queridos. Observar minha família e amigos sorrindo e fazendo aquilo que eles gostavam. Garantir que os meus entes queridos pudessem fazer o que eles quisessem e realizassem seus sonhos.
Foi muito interessante conceder tempo e espaço para responder essa pergunta sem julgamento ou análise. Apenas responder.
E, ao pensar nessas respostas, percebi que elas realmente estavam em sintonia comigo. Eram muito diferentes do que eu esperava, em muitos níveis, mas elas pareciam certas.
Então comecei a organizar a minha vida para apoiar esse plano.
Planejei dias fazendo coisas que normalmente eu não faria. Nem todos os dias. Apenas um ou dois dias por semana.
Programei saídas para realizar algumas coisas.
Fiz viagens de um dia para eventos que sempre desejei comparecer, mas nunca havia me empenhado.
E você sabe o que aconteceu? Eu estava criando mais memórias. Estava tendo experiências únicas. Eu estava rindo e me divertindo!
E não fiquei sobrecarregada.
Eu não me sentia como que constantemente fugindo de uma coisa para a outra. Me sentia como se estivesse realmente amando a minha vida! Diferentes partes da vida que eu tinha tido. Mais partes da vida.
E tudo isso começou com uma pergunta.
Uma pergunta que eu, a princípio, não tinha a mínima ideia de como responder.
Uma pergunta que, me permitiu esperar até a resposta aparecer, abriu novamente as portas que eu tinha permitido fechar.
Hoje eu lhe pergunto: como você definiria uma vida ótima?
O artigo original "How would you define a spectacular life?" encontra-se no site: www.nlpco.com