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Mais e mais mulheres em todo o país estão perdendo peso - e mantendo essa perda - com a ajuda de uma técnica mental chamada Programação Neurolinguística. Aqui está como Sue Barratt utilizou esse simples método para derreter 30 quilos - esquecendo para sempre as dietas!
Sentada na mesa da cozinha, numa noite fria do inverno, eu apanhei o meu quinto cookie e o enfiei na boca, mal e mal sentindo o gosto dele. Enquanto repassava os acontecimentos recentes da minha vida – a separação do meu marido Richard, a venda da nossa casa e a mudança para um apartamento de um quarto com meus três filhos pequenos – eu estava desesperada. "O que será de nós?" me perguntava. Não saber a resposta me deixava deprimida.
Enquanto crescia a minha depressão e o meu pânico, eu revistava a cozinha para achar alguma coisa para comer. Tendo encontrado o saco de batatas fritas que eu havia comprado naquela manhã, o abri e comecei a comer com naturalidade. "Por que você não para de se entupir?" me repreendi, empurrando outro chip para dentro da boca. Aos 36 anos, eu sentia que a minha vida estava fora de controle. Me sentia impotente por causa do que comia. Se eu não conseguia controlar o meu peso, como poderia controlar o meu futuro? Não que eu não tentasse perder peso. Eu tentava uma dieta depois da outra para voltar aos 54 quilos que eu pesava no dia do meu casamento.
Naqueles tempos, eu gostava do que via, um rosto bonito e uma figura curvilínea que atraía os olhares dos homens. Isso foi antes de ficar grávida e ganhar quase 30 quilos. Por incrível que pareça, eu só perdi quatro quilos quando o meu filho Phillip nasceu. Com 1 metro e 57, eu estava horrorizada pois pesava mais de 73 quilos. Não importava que eu tivesse acabado de dar à luz, eu me tornei obcecada em perder peso. Contava as calorias de cada porção de alimento e me pesava um meia dúzia de vezes por dia.
Mas, em vez de me ajudar, isso me fazia suspirar por mais comida. Então, sempre que eu trapaceava, o que era frequente, eu ficava tão enojada comigo que acabava comendo o dobro. Desesperada para perder peso, numa vez fiquei dois dias sem comer, e aí, comi o suficiente por um dia e depois prometi não comer de novo por mais uns dias. Era uma tortura, mas funcionava. Lentamente, ao longo de um ano e meio, eu perdi 13 quilos. Eu planejei continuar perdendo peso, mas quando engravidei da Holly, tive que parar a minha dieta montanha-russa. Meu peso logo subiu para 70 quilos. Depois que a minha filha nasceu, eu me esforcei para perder peso, e estava obtendo algum sucesso, até que, um ano depois, engravidei da Joanne.
Mas, desde o meu divórcio, e por muito tempo, o meu peso foi ofuscado por outras coisas na minha vida. Eu nunca fazia as refeições com as crianças, pensando que, se não sentasse para comer com elas, eu não iria comer demais. Eu só beliscava, vivendo principalmente de cookies e cereais frios. Um dia, quando estava comendo um muffin e lendo a correspondência, eu peguei minha filha Holly comendo punhados de cereal direto da caixa. "Holly, não faça isso" ralhei com ela. "Coloque um pouco no prato e senta na mesa." "Olhe para você, mamãe", respondeu ela. "Você nunca se senta na mesa e está sempre comendo cereal da caixa." As palavras dela me atingiram como uma tonelada de tijolos. Que tipo de exemplo eu estava dando para os meus filhos? Eles estavam assimilando os meus horríveis hábitos alimentares. Fiquei muito envergonhada.
Naquela noite, deitada na cama, eu tentei descobrir o que fazer. Eu me sentia muito frustrada por ser impotente em relação à comida - isso invadia todos os meus pensamentos. O pior ainda era ver Holly seguindo os meus passos. "Oh, meu Deus," orei, "por favor me ajuda encontrar uma maneira de mudar."
Uns dias depois, meu amigo Gordon me convidou para acompanhá-lo em uma palestra sobre Programação Neurolinguística (PNL), que é a ciência do efeito da linguagem, tanto verbal como não verbal, sobre o cérebro e o sistema nervoso. Ele me disse que a PNL usava a visualização para ajudar as pessoas a "reprogramarem" o cérebro e a maneira delas pensarem sobre as coisas. E assim que aprenderem a fazer isso, elas poderiam mudar o seu comportamento e curar os maus hábitos. Parecia forçado, mas mesmo assim eu fui.
Olhando ao redor da sala, eu contei cerca de 15 homens e mulheres, com idades variando dos 20 aos 50. O instrutor, Peter McNab, pediu que cada um de nós dissesse ao grupo o nome e o que fazia. Quando chegou a minha vez, eu disse: "Meu nome é Sue. Eu não estou trabalhando. Fico em casa com meus filhos."
"Eu diria que isso certamente é um trabalho" contestou Peter com um sorriso. "É muito mais trabalho do que eu estaria disposto a fazer!" Os outros riram e balançaram a cabeça concordando. Eu sorri e sentei ereta na cadeira, me sentindo orgulhosa. "Ele está certo" disse a mim mesma.
Peter explicou que iríamos aprender a nos comunicar com nós mesmos em um nível mais profundo. "Você irá fazer uma simples técnica mental que a incentivará a falar consigo mesmo de uma maneira nova. Você não vai se deter em um problema, perguntando: O que está errado comigo? Porque eu sou assim? O que causou isso? porque essas perguntas não irão ajudá-la a mudar o seu comportamento."
Eu achei difícil acreditar que falar comigo mesma sobre comer demais – até mesmo de uma maneira diferente da que eu estava acostumada – ia me ajudar a superá-lo. Eu falava comigo mesma o tempo todo – suplicava, até me repreendia. Isso não havia funcionado antes. Como poderia funcionar agora?
Mas conforme Peter descrevia como às vezes podemos ser nossos piores inimigos apenas pela forma como nos vemos, eu tive um flashback de alguns anos atrás, quando me inscrevi para um curso por correspondência. Antes mesmo de começar, eu tive dúvidas e acabei por desistir logo depois de começar. Pensando nisso agora, parece que eu sempre fiz isso. Nunca me dei uma chance para ser bem-sucedida.
Intrigada, eu comprei uma fita chamada "Espiritualidade e PNL". A ideia de entrar em contato com meu eu interior era empolgante. Estava curiosa para saber se isso funcionava e se eu ia conseguir.
Na noite seguinte, depois de colocar as crianças na cama, coloquei a fita no meu walkman e me aconcheguei no meu travesseiro para ouvi-la. Eu ouvi a voz de Connirae Andreas, PhD, uma terapeuta de PNL do Colorado, explicando que nem sempre podemos fazer as mudanças que queremos, porque uma parte nossa oculta acredita que o comportamento seja bom para nós. Por exemplo, se os seus pais o perseguiam por comer demais, você comia mais para provar a sua independência. Visto que independência é uma coisa boa, você continua a comer em excesso para manter a sua liberdade, ela explicou. Essas crenças subconscientes, que muitas vezes remontam à infância, ainda ditam as nossas ações, muitas vezes contra a nossa vontade consciente. O processo na fita de seis minutos, chamado de "Transformação Essencial", ajuda a desenterrar essas crenças e as muda para sempre.
Enquanto eu ouvia as instruções dela, tentei me concentrar na maneira como me sentia quando me via devorando a comida. Era uma sensação de puro pânico. Tentei duplicar essa sensação e então tratei dessa sensação de pânico como se fosse uma pessoa dentro de mim. O próximo passo, dizia a dra. Andreas, era perguntar a essa parte de mim: "O que você quer?" Ela explicava que a resposta poderia vir como palavras, um estado de espírito ou uma imagem. "Não tente descobrir mentalmente a resposta, deixe-a vir de dentro para fora", ela aconselhava.
No início, eu não senti nada. Mas, como eu tentei colocar de lado os outros pensamentos e me concentrar na sensação de pânico que tenho quando como demais, de repente, de dentro de mim, veio a resposta: "para se sentir satisfeita." Eu tinha uma imagem bem clara pois ao crescer em uma família de seis crianças, se você não comer rapidamente, você não come nada.
Na fita, a voz da dra. Andreas dizia: "imagine que você está tendo essa experiência agora." Instantaneamente, senti meu estômago se encher e me senti completamente satisfeita. Ainda seguindo as instruções dela, eu perguntei à essa parte de mim: "agora que você se sente satisfeita, o que você quer que é ainda mais importante?"
Enquanto eu fazia a pergunta, comecei a sentir uma sensação de satisfação me afetando. Eu regozijei com ela por um tempo e depois me perguntei: "agora que você se sente satisfeita, o que você quer que é ainda mais importante?" "Ser quem eu sou", veio a resposta. Eu tentei experimentar inteiramente quem eu sou. Quando me senti em paz com isso, perguntei: "e agora, o que você quer que é ainda mais importante?" Dessa vez, um profundo sentimento de amor fluiu por mim. "Então é isso que eu queria o tempo todo" eu disse em voz alta. "Não é comida, mas amor. "
Eu estava comendo para satisfazer uma fome emocional – e não física. Sabendo disso, eu me senti como se tivessem tirado um peso de cima de mim. Ainda seguindo as instruções da fita, eu trouxe de volta esse sentimento básico de amor em todas as etapas – permitindo o amor purificar a minha necessidade de ser quem eu sou, me sentir realizada, me sentir satisfeita. Na hora que cheguei à primeira etapa de puro pânico, o amor dissolveu a sua força. Me sentindo totalmente relaxada, caí no sono.
No dia seguinte, quando a minha filha me ofereceu um cookie, eu disse: "Não, obrigada". Eu realmente não queria. Pela primeira vez na minha vida, eu não estava obcecada para comer. De alguma forma, eu tinha mudado. Me livrei de todas as balanças da casa porque assim não ficaria tentada a ver o peso várias vezes ao dia. Umas semanas depois, fiquei surpresa porque o meu jeans estava mais folgado. Hoje, um ano depois, eu estou com 61 quilos. Nunca mais me ocorreu a idéia de fazer dieta.
Se eu sentir vontade de comer um pedaço de bolo, eu como. Eu não considero isso um deslize ou uma fraqueza porque tenho fé na minha capacidade inata de fazer o que é melhor para mim. Comida não é mais um problema na minha vida. Tanta coisa mudou que agora não me vejo mais como uma pessoa patética, sem força de vontade.
Eu tive a autoconfiança para começar o meu próprio negócio em casa e estou envolvida com o treinamento em PNL. Eu me sinto bem sobre quem sou e quero que as outras pessoas possam sentir o mesmo orgulho que eu tenho sabendo que estou no controle da minha vida. "
Como Trainer de PNL, Sue está ajudando outras pessoas a aprenderem a impulsionar a autoestima delas. Depois do nascimento de cada um dos seus três filhos, Sue achou difícil perder o peso que havia ganho. Antes dela participar do programa de PNL, Sue tinha definido a sua vida pelos seus filhos e se considerava ser "apenas uma mãe", sem nenhuma habilidade comercial.
Quando Sue Barratt rememora nos velhos álbuns de fotos, ela sempre se surpreende ao ver todas as mudanças positivas que fez em sua vida, graças a PNL. Os sucessos fizeram dela uma mulher mais feliz e uma melhor mãe. Hoje, ela diz: "Meus filhos se interessaram pelo que eu fazia e hoje nós somos uma unidade emocional. Eu estou muito orgulhosa pelo fato de estar dando um bom exemplo para eles seguirem."
Ao praticar a PNL, Sue aprendeu a falar consigo mesma de uma forma diferente, escutando seu subconsciente para entender as suas ações. Hoje na casa de Sue não há mais ninguém mordiscando junk food. Agora toda a família se senta para desfrutar de uma refeição regular.
O artigo original "My Revolutionary NLP Weight-Loss Technique" está no site da NLP Comprehensive
Tradução JVF, direitos da tradução reservados.