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Bom, para mim chega!
Os especialistas em linguagem corporal estão “aparecendo em grande número” e “vindo de todos os lados”. Eles são blogueiros, estão na TV, estão dando palestras. E ainda há mais pessoas por aí que estão fingindo ser especialistas em linguagem corporal. Nos dias de hoje não tem fim a desinformação sobre a linguagem corporal na mídia. Tanto que certos mitos se tornaram tão amplamente difundidos que, independentemente do que significa um movimento particular, ele é agora aceito pelo público em geral como verdadeiro, mesmo que não o seja.
Por isso eu quero que tudo fique claro pelo menos no meu canto do mundo. Se estiver disposto, pode enviar esse artigo para alguns dos seus irmãos rebeldes que foram atraídos pela batalha mística. Eu vou lhe dar a maneira mais eficaz para lidar com qualquer linguagem corporal. Veja abaixo como.
Tudo começou no dia em que um dos Master Practitioner que trabalha conosco me enviou o link do blog de um coach. (É o coach necessariamente um especialista em linguagem corporal?) A maioria deles trabalha pelo telefone. Eles nem conseguem observar as pistas visuais a menos que tenham o Skype. Em defesa dessa pessoa, ela trazendo para o consciente algumas das linguagens corporais inadequadas que podem ser usadas nas entrevistas permite que a pessoa tome consciência da sua própria linguagem corporal.
Então, essa mulher, a coach diz:
Inclinando-se para trás na cadeira
Quando estiver numa entrevista, não é uma boa ideia se inclinar para trás na cadeira. Isso dá a impressão de que você está muito descontraído e desinteressado. Também pode fazer você parecer desleixado. Para remediar isso, fique um pouco adiante na cadeira. Isso ajuda você a se apresentar alerta e interessado para responder à qualquer pergunta que lhe façam.
Embora eu concorde que se inclinar para trás na cadeira durante uma entrevista de emprego provavelmente não seja a melhor estratégia para mostrar interesse, se inclinar para trás também pode significar que a pessoa está pensando sobre o que o entrevistador está dizendo (processando, se você quiser). Isso é uma dissociação. Ela se afasta da conversa durante o processamento. A pessoa também pode discordar do entrevistador. Ela ouviu algo que não ressoa bem com um dos seus valores ou ouviu algo que não gostou. Ela também pode estar falando consigo mesma (diálogo interno) e comparando o que está sendo dito com as suas próprias crenças. Mas eu nunca ouvi dizer que a pessoa está descontraída ou desinteressada.
Veja abaixo como lidar com isso.
Cruzar os braços
Você sabe que cruzar os braços, em qualquer situação, envia uma mensagem de que você está fechado com relação a pessoa com quem está se comunicando. Isso significa que, se você cruzar os braços durante a entrevista estará enviando ao entrevistador a mensagem de que não está concordando com ele. Em outras palavras, pode parecer que você seja uma pessoa antipática, o que potencialmente pode eliminá-lo da seleção.
OH, POR FAVOR! DE NOVO NÃO!!!! Esse é um dos mitos que foram tão imortalizados pela mídia e pelos chamados especialistas que agora é aceito como verdade. Nós cruzamos os braços por dezenas de razões, entre elas: estamos com frio, estamos ouvindo a outra pessoa, etc. Esse mito é tão amplamente difundido que eu descruzo os braços propositadamente quando converso com uma pessoa que não conheço por causa da percepção do que isso significa.
Cruzar as pernas
Embora cruzar as pernas durante uma entrevista pareça ser um gesto educado e profissional, alguns especialistas se permitem discordar. Na verdade, essa ação realmente envia uma mensagem de complacência, que não é o que você deseja comunicar ao seu entrevistador. É por isso que é aconselhável que você coloque firmemente os dois pés no chão. Isso demonstra confiança em quem você é.
Na verdade, cruzar as pernas é uma incongruência como estar de pé com o peso do corpo em uma perna. Eu concordo que colocar os dois pés no chão é uma maneira melhor de sentar porque é mais equilibrada. Onde essa pessoa entendeu que isso significa complacência, eu não sei. Eu treino dezenas de pessoas todos os meses. Se elas estiverem sentadas com as pernas cruzadas, isso significa que todas elas são complacentes? Pelo tempo e pelo dinheiro que estão investindo, eu não acho que alguma delas seja complacente. Elas podem estar desconfortáveis por causa daquelas cadeiras de hotel, mas com base no nível de habilidade dos participantes que saem dos meus treinamentos, não acho que complacência seja uma palavra que eu usaria para descrever qualquer um deles. Sentar-se equilibrado na verdade não é apenas benéfico para o seu corpo, também é muito bom para a sua mente. E realmente ajuda o processo pensar / aprender. Estar de pé ou sentado com o peso do corpo uniformemente distribuído nas duas pernas ajuda a pessoa aumentando a sua energia e o acesso às informações neurológicas.
Existem 6 bilhões de pessoas na face da Terra. Existem inúmeras culturas. E todas elas (pessoas) colocam um significado em tudo que acontece com elas, seus amigos, família, cidade, país, o mundo. Com tantas mentes assimilando tanta informação, a chance de que duas pessoas vejam ou experimentem o mesmo evento exatamente da mesma maneira é quase impossível. Se você tiver 10 testemunhas oculares de um acidente, você obterá 10 interpretações individuais e diferentes do que aconteceu.
Assim, considere o fato de que não há duas pessoas que experimentam o mundo da mesma forma e que criam o próprio significado de experiência e, em seguida, acrescente isso ao fato de que o significado que colocamos na experiência direcionam as nossas emoções e, depois, acrescentamos o fato de que as emoções direcionam o nosso comportamento, do qual a nossa linguagem corporal é resultante. Então, está certo dizer que quando todos os seres humanos fizerem alguma coisa no seu comportamento (linguagem corporal), isso significa a mesma coisa para todos? Como pode? Todo mundo percebe o mundo de forma diferente, por isso os movimentos de cada pessoa terão um significado diferente, individual. O significado do movimento pode mudar ao longo do tempo à medida que o indivíduo aprende, cresce se desenvolve ou envelhece.
Jules Collingwood, um assessor Trainer de PNL, diz:
“Como humanos, podemos modificar nossos gestos conscientemente, fazendo movimentos voluntários, bem como exibir alterações inconscientes da respiração, mudanças do tom da pele e movimentos micro musculares. Nós usamos o nosso corpo para manifestar interesse ou desinteresse, para estabelecer rapport com outras pessoas ou fazê-los mudar a orientação de seu entendimento. Aprendemos normas culturais sobre a linguagem corporal adequada para pessoas do nosso gênero, idade e situação na nossa vida diária e, às vezes, descobrimos que as nossas apresentações habituais eliciam reações notoriamente diferentes em outras partes do mundo.
Então, o que a linguagem corporal pode nos ensinar sobre as outras pessoas? Com suficiente exposição a outra cultura, podemos aprender a reconhecer os seus membros pela linguagem corporal deles, pela maneira como eles se movem e gesticulam, quão perto eles ficam da outra pessoa quando ambos estiverem de pé e quanto de contato visual eles fazem e com quem. Podemos aprender a reconhecer como o indivíduo, qualquer que seja a sua origem, está pensando ao observar os seus movimentos oculares, a respiração e a postura à medida que eles interagem. Isso não vai nos dizer o que eles estão pensando. O assunto dos pensamentos de alguém permanece privado até que ele o descreva.”
Até que você conheça alguém e possa calibrá-lo através do tempo, você não sabe quando uma pessoa em particular está apaixonada por algo, entediada, fechada, irritada. Ele pode estar tentando tirar um inseto da camisa ou precisa ir ao banheiro. Ele pode estar zangado, mas você não é necessariamente o objeto da fúria dele. Calibração é o ato de observar uma pessoa em particular e perguntar a ela o significado que nós podemos usar para futura referência. Só porque a pessoa fez algo que significa _________, isso não significa que todos têm o mesmo significado.
Na PNL, fazer interpretações ou suposições sobre o comportamento ou os movimentos de outra pessoa é chamado de leitura da mente. Podemos ter algum grau de precisão quando realizamos a leitura da mente, mas se você errar a leitura de alguém, você pode ter perdido o rapport com uma parte importante do seu futuro. Se você usa a linguagem corporal para calibrar alguém, você pode usar essa informação para formar perguntas e calibrar para o futuro.
Como lidar com a linguagem corporal
A melhor maneira de lidar com a linguagem corporal é olhar para o contexto mais amplo do que você quer realizar. Estabelecer um rapport combinando e compassando a linguagem corporal irá ajudá-lo a ter sucesso em cumprir o resultado / meta da sua comunicação. Fazer sentido sobre o que eles estão fazendo, não irá. Esse último parece ser uma perda de tempo. Considere o fato de que nenhuma comunicação ocorre sem rapport, combinando e compassando qualquer movimento irá ajudá-lo a estabelecer uma relação de confiança e compreensão abrangente.
Se você estiver fazendo uma entrevista para emprego, é preferível espelhar o seu entrevistador. O seu cérebro toma milhares de decisões a cada segundo sobre a pessoa à sua frente fazendo comparações de semelhanças e diferenças. Quanto mais parecida for uma pessoa com você ou você com a pessoa, você vai parecer mais familiar para ela, vocês estarão mais confortáveis entre si. Respeitosamente alinhado com outra pessoa é a maneira mais efetiva de vocês se entenderem entre si. As pessoas gostam de pessoas que são iguais a elas. Mas nem sempre se trata de gostar: trata-se de ENTENDER. VOCÊ VAI APRENDER MAIS SOBRE UMA PESSOA COMBINANDO A LINGUAGEM CORPORAL DELA DO QUE DESCOBRIR O QUE ISSO SIGNIFICA. Estar consciente ou inconsciente (você faz isso de qualquer maneira) sobre o alinhamento com os outros é a chave para o sucesso da comunicação.
O artigo original "Debunking the Body Language Myth" encontra-se no site nlptrainingconcepts.com