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Eu sempre fui fascinado pelo comportamento das pessoas. Ultimamente, venho observando como as pessoas reagem à argumentação de uma venda ou a ideias ou conceitos diferentes das suas crenças firmemente arraigadas. Algumas pessoas ficam curiosas e exploram como essas novas ideias poderiam ser incorporadas àquilo que já estão fazendo, outras reagem com um "e daí?", enquanto outras reagem de uma forma sarcástica. O foco desse artigo é nesse ultimo comportamento.
Eu, e tenho certeza que você também, já vi ou fui o destinatário desse comportamento perturbador ou ofensivo em grupos de mídia social, ou quando alguém está tentando vender uma ideia, um conceito, um serviço ou um produto. Embora a preocupação ou a intenção implícita possa estar bem fundamentada, isso me leva a diminuir a colocação ou a argumentação deles com base, principalmente, sobre como eles escolheram reagir.
O que leva as pessoas a reagirem dessa maneira?
Primeiro, considere a pressuposição da PNL (suposição básica): o significado da sua comunicação é a resposta que você obtém. Que significado ou interpretação essas pessoas obtiveram ou fizeram da argumentação ou do conceito da venda? Eu sugiro que isso, muitas vezes, é medo ou falta de segurança deles ou dos outros. Esse medo pode estar relacionado ao medo de ser agredido fisicamente, de sair perdendo e daquilo que muitas pessoas evitam falar, que é o medo do desconhecido. As pessoas são conhecidas por prejudicarem a si mesmas ou aos outros para evitar experimentar o desconhecido.
Dado que as pessoas fazem o melhor que podem com os recursos disponíveis – outra pressuposição da PNL – essas pessoas reagem da melhor maneira possível para elas próprias, com base em como elas veem as circunstâncias. No entanto, como resultado do seu comportamento, os seus argumentos não são totalmente considerados pelos outros. Ainda que elas atinjam o objetivo de segurança percebida afastando o apresentador, elas não alcançam o objetivo final: ter a sua mensagem claramente entendida e proteger os outros, potencialmente, contra a ameaça percebida. E nem ao menos elas abrem a possibilidade de explorar um mundo maior e dessa forma concederem a si mesmas mais escolhas e diversão.
Se você achar que no passado reagiu como descrito acima, o que você pode fazer quando uma situação semelhante se apresentar no futuro? Eu sugiro o seguinte:
- Estabeleça limites claros. Ou seja, tenha suas crenças e seus valores bem claros. Quando você não estiver certo das suas crenças e dos limites, então estará com medo de que as pessoas possam violá-las sem o seu conhecimento.
- Coloque-se em um estado pleno de recursos. Ou seja, sinta-se bem consigo mesmo e com os limites que você escolheu.
- Respeite o direito dos outros terem uma perspectiva ou uma opinião diferente da sua. Enquanto eles estiverem apresentando o ponto de vista deles, de uma forma respeitosa, ouça-os e explore a possibilidade de ter algo útil para você.
- Se você sentir a necessidade de apresentar uma visão alternativa, se coloque numa posição de segurança e de desenvoltura. Então, respeitando a outra pessoa e o direito dela ter uma opinião diferente, forneça as suas experiências pessoais ou as informações provenientes de fontes respeitadas contrárias às que você ouviu, ou então, levante questões que exigirão que a outra pessoa forneça respostas reais como argumento.
- Pode haver um momento em que os dois escolhem ter opiniões diferentes. Aceite o direito da outra pessoa pensar diferente e, em seguida, retire-se da conversa de um modo criativo e com integridade, e siga com as suas atividades.
Usando uma abordagem como essa, você pode gerar mais interesse e apoio para a sua posição ou pensamentos e você se sentirá melhor sobre suas decisões.
Roger Ellerton, PhD é consultor certificado de administração, fundador e sócio gerente da Renewal Technologies. O artigo acima é baseado no seu livro "Live Your Dreams Let Reality Catch Up: NLP and Common Sense for Coaches, Managers and You".
O artigo original "Responding in a Resourceful Manner" está no site da Renewal Technologies
Tradução JVF, direitos da tradução reservados.