Sempre Pergunte "POR QUE...?"

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ter, 19/10/2004

O resgate do "por que...?"

Michael Hall, Ph.D.

Quando a maioria de nós deparou-se pela primeira vez com a PNL e também nos treinamentos atuais de PNL, fomos apresentados ao mantra do Practitioner – "Não pergunte por que...?"

Isso é bom e apropriado. Por que? Porque a maioria de nós omite o "por que..?" mais do que o como. E o como por ser uma pergunta muito mais interessante é, de fato, a pergunta do processo. Perguntar como nos leva para o campo da modelagem. "Como você faz isso? Como isso funciona?" Perguntar como nos provoca um processo instrutivo e de informações que nos permite reconhecer como uma pessoa desempenha uma dada tarefa, habilidade ou estado. Como nos convida para o contexto do pensamento em termos de estrutura.

Compare:

1)"Por que você está desse jeito?"

2)"Como você assusta a si mesmo? Como você se deprime? Como você se enfurece? Como você se coloca nesta disposição de temperamento? Como soletra tão impecavelmente? Como se controla tão efetivamente? Como permanece tão alegre mesmo quando coisas traumáticas acontecem para você?"

Perguntas do tipo "por que...?" nos convidam a explicar, teorizar, fornecer razões e justificar. E isso é perfeitamente certo e adequado. A ciência moderna foi construída sobre essa base. Esse é o tipo de pensamento que nós aprendemos na escola e na Universidade. Nós perguntamos "por que...?" a fim de explorar e ampliar o conhecimento num campo. É neste momento que nós teorizamos e construímos as estruturas teóricas que depois nos permitem prever as possibilidades, hipóteses, testes, imaginar as razões e as "leis" por trás de um fenômeno, etc.

Então o que tem de ruim em perguntar "por que...?" Porque as perguntas "por que...?" estão embutidas no mais alto contexto de referência, isto é, se nós entendemos o porquê supõe-se de que o problema esteja resolvido. Isto é insanidade. Ainda assim, isso tem sido a suposição não escrita de muitos psicólogos do século vinte. Freud tornou isso explícito. A "verdade" da psicanálise, como Sigmund Freud afirmou, está sucintamente expressa na declaração "Onde existe Id, deve existir o Ego." Para Freud, tornando consciente o processo inconsciente possibilita uma pessoa a "trabalhar favoravelmente" o conhecimento, o sofrimento ou a realidade e ficar bem.

Outros psicólogos e psicoterapeutas seguiram o mesmo caminho. Eles tomaram a ideia básica, que algumas vezes realmente funciona – a ideia de que "o entendimento é curativo por si," e a tornaram absoluta. Isso fez com que o entendimento do "por que...?" de uma experiência seja absolutamente essencial para a cura. "Para resolver isso você tem que entender. Agora, por que você está deste jeito? Foi alguma coisa que sua mãe fez para você quando era criança?"

No entanto, nem todos nós acreditamos.

Mero conhecimento não é habitualmente suficiente. Conhecendo "por que...?" nós comemos demais, deixamos de nos exercitar regularmente, não economizamos 10% do salário para formar uma poupança, não gostamos de uma certa pessoa, rejeitamos certas crenças, procrastinamos, ficamos estressados, berramos com nosso colega, etc., não necessariamente equivale a proceder inteligentemente com este conhecimento. Conhecer o porquê não é uma panaceia. E perguntando "por que...?" muito no início e muito cedo pode nos levar para a direção errada, pensando erroneamente que o problema estará resolvido quando obtivermos a "resposta".

Nível Practitioner – Não Pergunte "Por que...?"

Foi por essa razão que Bandler e Grinder protegeram os primeiros practitioners de PNL com o mantra Não Pergunte "Por que..."? Eles fizeram isso para interromper o antigo programa. Eles utilizaram isso para quebrar o contexto automático da mente que "por que...?" leva a "respostas" e que "respostas" resolvem os problemas. Eles fizeram isso para evitar formar intelectuais inteligentes que podiam falar sobre o jogo mas não jogá-lo.

Em vez disso, eles se concentraram em todos as outras perguntas relacionadas: como, quando, onde, o que, qual, com quem, de que modo, etc. Ouvindo esse tipo de pergunta de Fritz Pearls e Virginia Satir, eles criaram um metamodelo sobre o uso efetivo da linguagem no contexto da terapia. Eles chamaram isso de Metamodelo e estabeleceram em torno de 12 perguntas que desafiam a estrutura ou a forma do significado. Nós não temos a pergunta "por que...?" no Metamodelo. Nós temos outras perguntas que relacionam uma experiência e o contexto da pessoa sobre a experiência.

Terry McClendon fez parte dos primeiros grupos de prática pré-PNL e conta essa história engraçada no livro "The Wild Days of NLP" (1989).

Foi num dos primeiros grupos da Mission Street (em Santa Cruz, Califórnia) que nós começamos a adquirir as nossas ferramentas para coleta de informações que mais tarde se tornariam os padrões do metamodelo. As bases das ferramentas para coleta de informações começaram com as perguntas como, quem e o que a partir da estrutura de Gestalt, apagando aquela pergunta não mencionada, "por que...?" Nós costumávamos gritar e, algumas vezes, dávamos socos na cabeça ao dizerem "por que...?" (p.40)

Isso faz sentido se você quer orientar uma pessoa que está operando sob a presunção de que "saber a resposta" resolve um problema. Assim mesmo hoje, nos treinamentos de Practitioner em PNL, enquanto nós deixamos de gritar com as pessoas ou socá-las na cabeça, nós continuamos a convidar as pessoas a aprenderem o mantra Não pergunte "por que...?".

Existe uma razão para fazer isso. E entender porque nós fazemos isso é importante. Nós fazemos isso para desenvolver o contexto da modelagem da mente e o contexto da mente que vê, reconhece e trabalha com a estrutura mais do que com o conteúdo. "Por que...?" tende a nos seduzir para o conteúdo. Como nos libera do conteúdo e, junto com outras perguntas relacionadas, nos possibilita nos movermos para uma metaposição na qual podemos então pensar em termos de estrutura e processo. Como isso funciona?

Essa foi a razão original para a ausência do "por que...?" no início da PNL. Ela permitiu que as pessoas reconhecessem que a mágica da transformação da PNL ocorria devido a mudança na estrutura e não no contexto. No livro "NLP: Going Meta" (1997) eu expus essa razão como motivo para a exclusão do "por que...?" no Metamodelo:

"Como Bandler e Grinder acharam a psicologia muito oprimida sob o peso do "por que...?", e múltiplas teorias explicando porque as pessoas eram do jeito que eram, eles não queriam fazer nada com o que chamavam de ‘psico teologia.’ Como resultado, isso conduziu a proibição geral contra fazer a pergunta "por que...?" Muitos, senão a maioria dos Practitioners de PNL foram bem treinados a "não perguntar por que...?" e até tem, de algum modo, isso condicionado como uma coisa ‘ruim.’"

(veja nota do editor do Golfinho no fim do artigo)

Como o "Por Que...?" Induz aos Estados sem Recursos

Existe uma outra importante razão para a proibição do "por que...?" Verifique-a com você mesmo. O que acontece quando você faz a pergunta "por que...?" em relação a um estado de problema?

Por que você está desse jeito?

Por que você falhou neste teste?

Por que você caiu nesta depressão?

Normalmente perguntar "por que...?" nos convida a explicar os nossos problemas e os estados problemáticos. Isso nos evoca, a trazer à tona, as razões que as apoiam e as justificam. Quando nós reunimos as razões, as explicações, as justificativas, etc., esse contexto de nível mais elevado dá validade aos nossos estados problemáticos. A pergunta "por que...?" leva a nossa mente de volta para a história ao tempo em que o problema surgiu. Isso nos coloca de volta no estado. Isso reforça as generalizações que nós fizemos lá.

Algumas vezes, a consciência traz alívio, até mesmo a transformação. Mas não é sempre assim. Talvez, nem mesmo eventualmente. Normalmente, a investigação do "por que...?" produz mais foco no problema e isto, de um modo crescente, fortalece o nosso problema ou o estado negativo. Neurolinguisticamente isso faz sentido. Apesar de tudo, quando perguntamos "por que...?", nós convidamos a pessoa a explicar-se e a justificar uma experiência. Isso impulsiona a pessoa para dentro de si mesma onde ela se dedica a uma pesquisa transderivacional para a história e para o modelo do mundo que a fizeram assim. Isso convida a pessoa a fazer referência à experiência inicial como se isto explicasse porque nós construímos nosso entendimento como o fizemos. Ao fazer isso, a pessoa fica ainda mais solidamente situada dentro do próprio contexto de referência que origina o problema. Para fortalecer e fortificar as crenças de uma pessoa, somente pergunte a ela porque ela acredita nisto.

Quando uma pessoa descobre o porquê e assim cria ou descobre o contexto da razão, este contexto imediatamente funciona num metarrelacionamento para um problema ou uma limitação. Isso significa que o contexto da razão terá no metaestado o contexto do problema para a neurologia e a psicologia da pessoa e isso ligado no problema. Isso então se tornará mais fortalecido no que nós chamamos de "o inconsciente." Para evitar esse problema, nós temos que reconhecer o poder da razão ou do metacontexto do "por que...?". Este reconhecimento, em seguida, irá nos fortalecer para conhecer como caminhar para fora deste contexto. Somente então, nos tornando mais fortalecidos, não vamos nos tornar vitimas da limitação.

Além disso, e as mentes parecem ter esse hábito peculiar, elas, facilmente, tanto podem inventar como podem descobrir respostas.

Introduza uma pergunta na consciência, e a sua mente irá trabalhar para elaborar uma resposta para esta pergunta. Ela fará isso mesmo para perguntas tóxicas, perguntas irrespondíveis, perguntas falaciosas, etc. A menos que você ensine a sua mente a questionar certas perguntas (habilidades metaquestionáveis), sua mente irá naturalmente operar com a suposição "se existe uma pergunta, existe uma reposta. Portanto, existe uma resposta para essa pergunta." Quais são as perguntas que são especialmente perigosas e tóxicas, que nós nunca devemos, nem mesmo considerar, respondê-las?

Por que eu sou tão estúpido?

Por que as coisas não correm sem dificuldades para mim?

Por que eu casei com esse simplório?

Por que eu sempre me saboto?

Faça essas perguntas para uma mente não treinada em contextos de questionamentos e metacontextos e ela irá imediatamente trabalhar para encontrar ou criar respostas. Entretanto, ao fazer isso, ela aceita, por ignorância, todas as suposições das perguntas enquanto ela se concentra em simplesmente esclarecer as coisas! A propósito, isso demonstra a importância de coordenar a nossa meta-mente com a metaconsciência da escolha.

"Eu não tenho, nem devo, aceitar qualquer pergunta pelo que parece. Eu posso questionar as perguntas antes mesmo de começar a respondê-las! Eu posso decidir quais questões irão eliciar informações úteis."

"Por que...?" pode eliciar muita coisa que é irrelevante. Eu gosto do que Joseph Yeager escreveu,

"A PNL, muitas vezes, dá a volta na consciência para trabalhar no nível inconsciente. Assim, se você se sentir compelido a perguntar ‘por que...?’, você obterá muitas razões irrelevantes. Vá em frente se você deve...mas... você irá descobrir perguntas tipo ’Como você sabe quando fazer o que,’ que permitirão a você ir muito mais longe e muito mais ligeiro."(p.9)

Tornando-se um Mestre em perguntas "Por que...?"

Evitar "por que...?" continua até o treinamento Master Practitioner. É quando nós reintroduzimos o "por que...?" e convidamos as pessoas a perguntarem um "por que...?" mais cuidadoso e inteligente. O Master Practitioner envolve o aprendizado do modelo dos metaprogramas. É aí que nós separamos aqueles que processam a informação "como" e aqueles que necessitam saber "por que..?" (metaprograma de Direção Filosófica). É aí que nós nos deslocamos dos modelos de modelagem para os meta contextos que permitem a pessoa perguntar "por que...?" e a explorar níveis mais elevados de razões, causas, fatores de influência e domínios de conhecimento.

Dennis Chong não concorda com isto. Tendo incorporado o mantra do "por que...?" no seu livro, Don’t Ask Why?! (1991), ele assumiu que Bandler e Grinder evitaram o "por que...?" porque existia algo "ruim" sobre a causação. Ele pensa que porque uma declaração causa/efeito pode ser "mal formada", que ela tem que ser malformada e que isto é absolutamente péssimo. É interessante pois não existe nenhuma menção contra "por que...?" na Estrutura da Magia. Ele diz que Bandler e Grinder "censuraram" a causa/efeito. De fato, eles não o fizeram. Eles nunca disseram isto. Eles somente a usaram como uma distinção linguística e questionaram "como" que uma coisa causa uma outra. Eles a usaram para declarações de perguntas psicológicas como "Ela me faz ficar brabo." Eles não tinham nenhum problema com declarações do tipo "A chuva me deixa molhado."

No nível Master Practitioner nós reconhecemos que não é meramente a pergunta "por que...?" em si mesma que é boa ou ruim, útil ou inútil, limitante ou fortalecedora, mas que é o contexto que influencia muito. Nós aprendemos que se perguntarmos "por que...?" dentro de qualquer contexto de crença limitante, o verdadeiro processo de questionamento do "por que...?" irá reforçar e fortalecer a crença limitante ou o conhecimento. Nós também aprendemos que se perguntarmos "por que...?" dentro de qualquer crença fortalecedora, conhecimento, decisão, valor, etc., então o processo da resposta irá reforçar e fortalecer este contexto.

Isso muda tudo. E isso nos conduz, no nível Master Practitioner, para o conhecimento de que, enquanto nós nunca perguntamos "por que...?" num contexto limitante, nós sempre perguntamos "por que...?" no caso de um contexto fortalecedor. Nós queremos que a pessoa se justifique, dê razões, crie estruturas de causa/efeito para equivalências complexas, pressuposições, etc., para contextos fortalecedores da mente. É evidente!

Portanto, só depois que tivermos abandonado o velho e inútil hábito de perguntar "por que...?", e termos aprendido e praticado integralmente a fazer as outras perguntas relacionadas, é que estaremos prontos a aprender a perguntar "por que...?" de uma maneira nova e mais informada. Isso, mais adiante, nos permitirá reconhecer que existem muitos tipos de perguntas "por que...?" Assim, como Master Practitioner, nós descobrimos que existem vários tipos diferentes de "por que...?" e aprendemos a distinguir esses diferentes tipos. Cada pergunta "por que...?" não necessariamente elicia o mesmo tipo de resposta. Existem diferentes tipos de "por que...?", muitos deles muito úteis, saudáveis e adequados. Alguns "por que...?" são, de fato, cruciais para uma imagem completa quando modelando algum expertise.

1) O "Por que...?" da Causação/Fonte.

Por que você age (sente, pensa) desta maneira?

Por que você se sente desse jeito com este disparador?

Por que você está desta maneira?

2) O "Por que...?" da Explicação.

Por que você se julga tão severamente?

Por que esse padrão se repete nesse contexto?

Por que essa experiência teria essas qualidades ou efeitos?

3) O "Por que...?" da Teleologia ou Objetivo. (efeitos finais, objetivos desejados)

Por que você faz isto? (i.e., O que você pretende obter ao fazer isto? Qual é o propósito?)

Por que você quer isto?

Por que você está tão atento a isto?

Quando você atingir esse objetivo, por que isto é importante para você?

4) O "Por que...?" do Valor e Importância. (Valores, contextos de referência, crenças)

Por que você faz isto? (i.e., Qual é o valor que isso tem para você?)

Por que você acha isso importante e significante?

O reconhecimento destes diferentes tipos de "por que...?" nos permite trabalhar efetivamente com essas categorias semânticas de causa e origem, explicação, objetivos, valores e intenção. Enquanto algumas perguntas "por que...?" podem nos convidar a responsabilizar e encontrar estruturas causa/efeito não existentes como Dr. Chong salientou, elas não são absolutas. Nem todas perguntas "por que...?" eliciam desta maneira.

O resgate do "Por que...?" na Neuro-Semântica

Eu estava na África do Sul conduzindo nosso primeiro treinamento de Trainers em Neuro-Semântica, quando o trainer em PNL e NS Jim Kyriacou disse que ele agora tinha uma nova definição de Neuro-Semântica. Ele disse que "Neuro-Semântica é o resgate do "por que...?"

De onde ele tirou esta ideia?

Foi do fato que nós usamos vários padrões para descobrir "por que...?" a pessoa pensa, sente, razões e contexto das coisas como ela faz. Nós perguntamos "por que...?" intencionalmente, do mesmo modo como nós exploremos os contextos dos metaníveis das razões, conhecimentos, crenças e níveis das crenças. Nós fazemos isso para entender mais detalhadamente a matriz da mente de uma pessoa. Isso nos dá uma habilidade para reunir uma informação de maior qualidade e um acompanhamento muito mais completo.

Nós fazemos isso na modelagem. Afinal de contas, muitas vezes ela não é suficiente para entender o que uma pessoa faz para gerenciar, delegar, escrever, criar, formar uma riqueza, vender, etc. Nós também precisamos saber porque os especialistas fazem isto. Qual é o conhecimento deles sobre isto? Quais as crenças de nível mais elevado e contextos da mente que governam suas experiências? Por que eles visualizam algo como importante?

Assim nós sempre perguntamos "por que...?" quando nós modelamos um especialista que tem uma habilidade que queremos modelar. A falta de conhecimento dos porquês dele nos deixa no escuro assim como os níveis mais elevados da sua mente. Na minha opinião isso explica, parcialmente, por que a PNL não tem sido tão criativa neste campo nos últimos anos como se poderia esperar. Isso explica por que na NeuroSemântica nós temos recuperado muito da inspiração original, da criatividade produtiva e da inovação de novos modelos. Nós temos perguntado "por que...?" sobre níveis e contextos mais elevados. Nós temos perguntado "por que...?" sobre processos para fazer o modelo mais explícito.

Foi Nietzsche quem disse "Aquele que tem um ‘por que...?’ para viver pode suportar quase qualquer como." Viktor Frankl baseado nesta ideia, criou sua Logoterapia. Isso realça a importância de desenvolver um "por que...?" suficientemente grande na vida. Com um "por que...?" suficientemente grande, nós podemos fazer qualquer coisa que mandamos a nossa mente fazer. Este é o poder de um metacontexto elevado. Isto funciona porque o "por que...?" da razão e da importância (que nós nomeamos como "valores") serve como uma estrutura de meta nível que fortalece o nosso sistema de propulsão. Fortalece as nossas motivações e energia. Um sistema de propulsão efetivo terá sempre, pelo menos, um "por que...?" muito grande e, habitualmente, mais do que um.

Sumário

O mantra Não Pergunte Por que...?, por muitas razões, funciona muito bem para o nível de Practitioner da PNL. Nos habilita a parar de assumir que "entendimento" cognitivo é a solução para tudo. Interrompe o estilo usual de perguntar inadequadamente "por que...?", o que convida a pessoa a racionar e justificar um contexto tóxico ou limitante. E cria espaço para que possamos fazer mais perguntas interessantes – as outras perguntas relacionadas ao o que, como, quando, onde, com quem, etc. e neste nível, não pergunte "por que...?"

Então, depois de você tomar conta dos seus questionamentos, você pode aprender a "Sempre Perguntar Por que...?" quando você quer desentocar os mais elevados contextos da neuro-semântica. Então, você pode identificar os contextos mais elevados da mente e a matriz da consciência. Fazer isso nos possibilita a não somente modelar processo de baixos níveis, mas também processos de nível mais elevados que envolvem as razões e explicações semânticas que dirigem o contexto da mente de um especialista.

Referências

Bandler, Richard; Grinder, John (1975) A Estrutura da Magia

Chong, Dennis; Chong, Jennifer (1991) Don’t ask why – Ontário, Canadá – C-Jade Publishing

Hall, Michael, L. (1997) NLP: Going meta-Advanced modeling using meta-levels – Grand jct. CO: Neuro-Semantics Publications

Hall, Michael, L (2000) Meta-States: Managing the higher levels of the mind - Grand jct. CO: N.S.Publications

Yeager, Joseph (1985) Thinking about thinking with NLP - Cupertino, CA – Meta Publications

L.Michael Hall, Ph.D., psicólogo cognitivo, trainer internacional de PNL, empreendedor; criador dos Meta-Estados e co-criador da Neuro-Semântica. P.O.Box 8, Clifton CO 81520 (970) 523-7877 www.neurosemantics.com

Artigo publicado na revista Anchor Point em maio de 2002.

Nota do Editor: os níveis lógicos de Robert Dilts esclarecem e utilizam o "por que...?" que nos leva a um nível acima do comportamento, de crenças e valores.

Veja também: PNL na Educação - Uma oportunidade magnífica

Como você sabe, os níveis lógicos de experiência são os seguintes:

Espiritual/Sistema Maior - Os esforços para comunicar-se ou mudar neste nível afetam nossa experiência de ser uma parte de um sistema muito maior. Responde à pergunta "A QUEM MAIS ISTO SERVE?" ou "QUAL É A VISÃO MAIOR?".

Identidade - Os esforços para comunicar-se ou mudar neste nível afetam a autoimagem e o objetivo global. Responde à pergunta "QUEM Sou Eu?".

Crenças e Valores - Os esforços de comunicar-se ou mudar neste nível afetam a motivação e a permissão ao afetar as razões porque fazemos isto. Responde à pergunta "POR QUE EU FAÇO ISTO?"

Capacidades - Os esforços de comunicar-se ou mudar neste nível afetam as ações comportamentais através de um mapa mental, uma habilidade ou uma estratégia. Responde à pergunta "COMO EU FAÇO ISTO?"

Comportamento - Os esforços de comunicar-se ou mudar neste nível afetam as ações específicas empreendidas dentro do ambiente. Responde à pergunta "O QUE EU FAÇO?"

Ambiente - Os esforços de comunicar-se ou mudar neste nível afetam os limites externos dentro dos quais a pessoa tem que viver e reagir. Responde às perguntas "ONDE e/ou QUANDO e/ou COM QUEM EU FAÇO ISTO?"

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