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A JORNADA DO LÍDER
Por que aprender a ser um líder? Para se envolver com o que realmente importa. Para poder fazer algo inspirador e importante para você. Para ter companheiros em sua jornada. Em qualquer área, na qual queira obter mais influência, você deve se tornar um líder. Como podemos definir liderança, um dos assuntos mais abordados na área empresarial? Carisma? Influência? Inspiração? Desempenho de função? Sim, pode ser. Existem muitas razões para você iniciar a jornada. Existem muitas estradas, muitos destinos e muitas maneiras de viajar.
A liderança possui um paradoxo em seu âmago – você não pode arrebatá-la diretamente, ela é um presente que só pode ser dado pelos outros. Ela chega quando eles reconhecem você, porque ser um líder não tem qualquer sentido sem outros que optem por viajar com você. Um líder completamente solitário é como uma só mão batendo palmas.
Três áreas se destacam na liderança:
- Autodesenvolvimento
- Habilidades de comunicação e influência
- Pensamento Sistêmico
Você precisa ser forte e ter recursos para fazer a jornada. Você precisa influenciar e inspirar os outros para juntar-se a você, de outro modo você arrisca ser um viajante solitário e não um líder. E você precisa de um mapa, pois mesmo sendo forte você pode se perder em um sistema complexo.
Em primeiro lugar, ser um líder significa desenvolver-se a si mesmo. A medida que se torna um líder, você encontra recursos em si mesmo que não sabia que tinha. Você se torna mais você, porque a maior influência de um líder vem de quem ele é, do que ele faz e do exemplo que ele dá.
Em segundo lugar, o líder inspira outros para juntar-se a ele na estrada, então liderança envolve habilidades de comunicar e influenciar.
Em terceiro lugar, um líder precisa olhar para frente, bem como prestar atenção onde ele esteve e onde ele está agora. O líder vê além da situação imediata. Ele vê o contexto da jornada inteira. Isso significa que ele precisa compreender o sistema do qual faz parte, ver além do óbvio, sentir como os eventos se conectam a padrões mais profundos, enquanto outros apenas veem acontecimentos isolados. Liderança é uma combinação de quem você é, habilidades e talentos que você tem e a sua compreensão da situação ou do contexto em que você está. Embora esses elementos sejam universais, você juntará as peças de uma maneira única.
A palavra gerenciar tem uma história interessante. Ela deriva da palavra italiana ‘maneggio’ que significa treinar um cavalo. Existe uma necessidade de liderança nos negócios, ao mesmo tempo existe um vazio sobre o que isso significa na prática e como fazer mudanças.
Liderança é parte e resultado das grandes mudanças na prática do gerenciamento nos últimos 20 anos. Ela toma o lugar do modelo antigo ‘comando e controle’ de dirigir uma organização. Em muitas empresas, especialmente no Ocidente nós não obedecemos mais ordens, pelo menos sem uma boa razão. ‘Comando e controle’, baseado na mentalidade militar foi apropriado 20 anos atrás num clima social diferente e num ambiente empresarial estável. Nos dias atuais essa estabilidade acabou e o que existe é um ritmo frenético de mudança. No seu lugar há novos valores como autoestima e responsabilidade individual e uma cultura empresarial que valoriza a empregabilidade acima do emprego. A maneira ‘comando e controle’ de gerenciar está morta, embora como Drácula, ela ressuscite, ocasionalmente em alguns locais para drenar a vitalidade das organizações.
Liderança se baseia em propósito, visão e valores. Não é uma qualidade que possa ser racionada ou controlada. O propósito estabelece o destino. A visão é para ver aonde você está indo e os valores para guiá-lo em direção a um futuro de sucesso sustentável a longo prazo. Os líderes são necessários para guiar a organização e desenvolver outros líderes.
Que recursos temos para ajudar a alcançar esse objetivo? A Programação Neurolinguística (PNL) é um campo amplo, que começou em meados dos anos 70, modelando excelentes comunicadores – descobrindo como eles faziam o que eles faziam tão bem. A PNL modela como fazemos o que fazemos. Na essência, ela estuda a estrutura da experiência subjetiva – como criamos o nosso próprio e único mundo interno, a partir do que vemos, ouvimos e sentimos, e como, em resposta, nosso mundo mental molda o que nos permitimos ver, ouvir e sentir. A PNL modelou gente de ponta em vários campos – empresários, vendedores, professores e treinadores – para ensinar a outros essas habilidades, a fim de que estes não tenham que reinventar a roda. Ela possui uma riqueza de material que vem de líderes, como eles pensam e no que eles acreditam.
A PNL consiste em três partes:
Programação é como agimos para alcançar nossos resultados.
Neuro é a nossa neurologia – como pensamos e sentimos.
Linguística é a parte da linguagem – o que dizemos, como o dizemos e como somos influenciados pelo que ouvimos.
A PNL nos ajuda a entender o que os líderes fazem e como eles obtém seus resultados. Por isso você pode tomar aquelas partes que lhe servem e adaptá-las às suas crenças e valores. Você não as copia, você aprende com elas para alcançar as suas metas. Sejam quais forem as habilidades que você tenha a PNL pode ajudá-lo a aproveitá-las mais. Também oferece maneiras práticas de desenvolver estas habilidades, não uma apreciação intelectual de quão agradável seria tê-las ou quão fantásticas elas são para outras pessoas. PNL é um guia valioso na jornada de um líder.
Tradução de Jairo Mancilha da adaptação da Introdução de Leading with NLP de Joseph O’Connor (livro publicado pela Editora Record com o título "Liderando").
Publicado no Golfinho n º 80 - Setembro de 2001