Escrito por:
Publicado em:
Posso ser honesta? Um dos meus maiores incômodos, como mãe e pessoa, é quando as pessoas não têm as suas próprias escolhas.
É engraçado, sabe. Eu não me lembro dos meus pais fazendo isso comigo quando eu era criança ou algo assim. E nem me lembro disso ter surgido alguma vez.
Eu lembro, como a maioria de nós, de cometer travessuras e culpar os outros. Lembro de que, certa vez, meu irmão de criação e eu estávamos jogando beisebol na rua em frente à casa da minha avó. Ela não tinha muitos brinquedos, e nós estávamos entediados. Então saímos e encontramos um pau e uma pedra e achamos que seria uma ótima ideia praticar rebatidas.
Eu era o arremessador. Meu irmão de criação tinha o "bastão".
Eu tinha uma péssima pontaria.
A pedra foi direto e atravessou uma linda janela! Lembro que ele e eu estávamos apavorados e que cada um jogou a culpa da ideia no outro!
Eu nem lembro qual foi a reação da minha avó. Eu só me lembro do medo de me meter em encrenca e decidir culpá-lo, e ele me culpando.
Então, eu sei que nem sempre fui tão rigorosa por ter escolhas.
Mas em algum lugar ao longo do tempo isso mudou. Pode ter sido quando engravidei aos 16 anos. Eu não podia jogar a culpa em cima de ninguém.
Assumi total responsabilidade pela minha escolha. Trabalhei durante a minha gravidez, tive uma linda filha e a criei no que considero ser um excepcional ambiente.
Eu frequentei e me formei na faculdade enquanto a criava, e consegui me formar com louvor. (Ainda não sei como consegui fazer isso!)
Talvez tenha sido porque quando me meti em encrenca na adolescência, percebi que ninguém ia me tirar da confusão. Meus pais não eram tolos. Eles sabiam que eu era a única que tinha ferrado com tudo.
Ou talvez porque tenha sido a primeira vez que eu quis fazer uma mudança real na minha vida. Quando percebi que as minhas escolhas de vida tinham sido bastante aleatórias, levando-me a uma vida em que eu estava feliz, mas eu sabia que poderia ser mais feliz.
Sempre que isso aconteceu, não importa a causa, fiquei feliz que tenha acontecido. Isso não só me ensinou a assumir o controle das minhas escolhas, a fazer escolhas de forma deliberada e a assumir a responsabilidade pelas escolhas que fiz… tudo isso me permitiu assumir o controle do meu futuro.
Ter as minhas escolhas me permitiu o dom de ter o meu futuro. Isso me permitiu controlar as áreas da minha vida que eu queria mudar. E me deu o poder de determinar as coisas que eu quero mudar e o de mudá-las.
Você já conversou com alguém, um cliente ou um amigo, que coloca a culpa de tudo que acontece com ele em outra pessoa? Eu já, e acho que a maioria também, então você viu a dor quando eles compartilham a impotência deles sobre uma situação.
Se você pensar em uma dessas conversas, imagine como tudo isso poderia ter acontecido de outra forma se eles tivessem participação na situação. Seja qual for a parte em que eles atuaram, como seria diferente se eles percebessem que tinham algum poder?
O mesmo é verdade para nós. Não importa quanto tempo estivemos no coaching, ou quanto de automelhoria e de desenvolvimento que fizemos, todos nós podemos cair nos mesmos velhos hábitos. Todos nós podemos ter sido apanhados em acreditar que não temos controle sobre as coisas.
Antes de saber podemos ser enganados e acreditar que não temos poder em uma situação.
E a sensação de sermos impotentes é uma sensação terrível.
Vamos tentar algo.
Pense em uma ocasião em que se sentiu impotente. Uma situação em que você estava desconfortável, sentindo-se indefeso e totalmente sob o controle de outra pessoa.
Agora pense em como você chegou lá. Como você acabou nessa situação e o que o manteve lá?
O que teria acontecido se você tivesse feito uma escolha diferente no início da situação? E se você tivesse saído mais cedo? Tivesse falado quando as coisas começaram a sair dos trilhos? Mudado o seu acordo tácito para participar da situação e simplesmente se recusado a tomar parte?
Como isso mudaria a sua experiência? Como as coisas seriam diferentes para você?
Se você for capaz de dar um passo para trás e olhar objetivamente para esses tipos de situações, a partir da terceira posição (a do observador), você poderá notar que as coisas parecem um pouco diferentes.
Essa não é uma maneira de colocar a culpa em você mesmo, ou uma razão para se sentir culpado.
Muito pelo contrário. É uma oportunidade para se sentir empoderado! Para se sentir livre, de como você pode fazer uma escolha diferente e obter um resultado diferente.
Uma das coisas importantes que você deve se perguntar quando for estabelecer metas é se o resultado está sob seu controle. Isso porque, se não estiver sob o seu controle, não será possível mudá-lo.
Imagine o poder ao saber que você pode mudar as coisas com as quais não está feliz. Você pode alterar os resultados e a sua participação neles. Você pode mudar a sua experiência ao compreender que você está no controle das suas escolhas e que as suas escolhas determinam a sua realidade.
O artigo original "Why owning your own choices is the only way to change" encontra-se no site: www.nlpco.com