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Você é exigente consigo mesmo?
O que você faz quando comete um deslize?
Como quando você erra, esquece alguma coisa, faz uma besteira, mete os pés pelas mãos (metaforicamente), faz algo embaraçoso, etc.
Bem, se você é como a maioria, provavelmente se martiriza sobre os deslizes que comete:
- Você empilha uma culpa em cima de outra.
- Você cria confusão discutindo consigo mesmo.
- Recorre a uma interminável autocrítica.
- Revive repetidamente o momento do fracasso ou daquele constrangedor ou embaraçoso.
Tudo isso acompanhado pelo diálogo interno: por que você nunca consegue fazer alguma coisa certa! Seu estúpido! Estúpido! Como você pode ser tão idiota/ridículo/ descuidado/cego/... (e mais qualquer outra coisa que você gostaria de acrescentar).
Um hábito aprendido
A propósito, essa autocrítica não é um método testado e comprovado para melhorar o nosso desempenho.
É simplesmente um antigo hábito, e bastante desatualizado, que adquirimos ao longo do caminho. Um hábito que nem funciona.
Como adquirimos o hábito? Quando somos muito jovens, modelamos o comportamento das pessoas ao nosso redor. Pessoas cuja abordagem era, talvez, mais vara do que cenoura – mais orientada ao castigo do que à recompensa.
Na PNL, chamamos isso de estilo motivacional “afastando-se de” – ele se concentra em se afastar da dor ou do desconforto.
A autocrítica cria uma espiral descendente
Quanto mais você se supera em alguma coisa, mais você reduz a sua flutuação emocional. A sua autocrítica prejudica tanto a sua confiança como a sua autoestima.
Isso significa que, da próxima vez que você abordar uma situação semelhante, ficará emocionalmente menos flutuante, menos confiante em como lidar com isso e uma opinião reduzida sobre si mesmo.
O que significa que é provável que, da próxima vez, você tenha um desempenho ainda menos eficaz!
“Mas precisamos da crítica, não é?”
Mas, de acordo com algumas pessoas, uma boa repreensão nunca fez mal a ninguém – e se não nos lembrarmos de nossas falhas, vamos repeti-las.
Há alguma verdade nisso. Ter os nossos fracassos destacados para nós pode ser útil – e será especialmente útil se for acompanhado por um coaching de como fazer melhor as coisas na próxima vez.
Mas a autocrítica contínua é bem diferente: essa perniciosa voz interior opera exatamente como um hipnotizador. Na hipnose tradicional, ao contrário da hipnose ericksoniana, o primeiro trabalho do hipnotizador é inibir o fator crítico da pessoa, ou seja, a capacidade dela pensar de forma racional e crítica. Eles fazem isso para que a mente inconsciente da pessoa aceite inquestionavelmente as sugestões do hipnotizador.
Autocrítica contínua funciona como auto-hipnose
A autocrítica contínua opera de maneira subliminar e silenciosa. É executada continuamente em segundo plano, tanto que nos acostumamos com ela que o que estamos dizendo para nós mesmos raramente é desafiado pelo fator crítico. Portanto, aceitamos as nossas próprias sugestões negativas sem questionar! O que é, ou deveria ser, um pensamento bastante assustador...
Qual é a alternativa?
- Dar-se permissão para ser imperfeito seria um grande começo. Aceite que você nem sempre acerta ou faz a coisa certa e da maneira certa.
- Quando ocorrer um contratempo, corrija a situação.
- Em seguida, identifique o que você pode fazer para diminuir a probabilidade de uma recorrência – e então faça.
- Siga em frente. Com uma carga mais leve do que o peso da culpa e da autocrítica.
- Como sugeriu o jogador de golfe Chip Beck: “a dor e o sofrimento são inevitáveis em nossas vidas – mas a miséria é uma opção”.
O artigo original "Beating yourself up about things" encontra-se no site: nlp-now.co.uk