Usando a Programação Neurolinguística (PNL) na Sala de Aula

Escrito por: 

Publicado em: 

ter, 15/08/2000

Muitos professores e graduados de meu curso "Redescobrir a Alegria de Aprender" perguntam-me de que maneira podem usar o meu material e a PNL na sala de aula. Grande parte do material desse curso é destinado a interações de pessoa-sobre-pessoa. Como tenho uma opinião diferente, aqui vai uma tentativa para responder essa pergunta. Isso não se restringe às classes da escola pública. Eu sugiro que essas práticas sejam usadas em qualquer ambiente de aprendizado, inclusive em seminários de PNL, em casa, no trabalho.

A. PRATIQUE AS PRESSUPOSIÇÕES DA NEUROLINGUÍSTICA

Viva e respire as Pressuposições da PNL. Exponha-as ao redor da sala de aula. De vez em quando, mostre-as e fale sobre elas. Quando você, ou outra pessoa demonstrar uma delas, aponte-a diante da classe e ofereça um feedback positivo para essa pessoa. Esteja certo de que você, como professor, as incorpora em tudo o que faz. As seguintes não representam todas as pressuposições da PNL (Abdul-Malik, Junho de 1997), mas são as que acredito mais importantes para serem aplicadas em aula:

Todo comportamento tem uma intenção positiva

Provavelmente, uma das ideias de comunicação mais poderosas e úteis, mas especialmente para pais e professores, é a noção de procurar e encontrar a intenção positiva por detrás de qualquer comportamento. Mesmo os comportamentos bizarros, loucos, errados, e até mesmo prejudiciais. Sim, estou falando sobre as ocasiões em que seu filho ou sua filha, ou seu aluno, faz uma das seguintes coisas: tem um acesso de mau humor, é rebelde, não liga para você, bate no irmão ou na irmã, vai mal na escola, arranja problemas na escola, não faz as tarefas domésticas, fuma, usa drogas, etc. Todos esses exemplos de comportamento negativo têm uma intenção positiva. De fato, é a intenção positiva que impulsiona o comportamento. E esse comportamento negativo não vai mudar antes que a intenção positiva seja reconhecida, aceita como válida e satisfeita. Portanto, é extremamente importante separar o comportamento da intenção e, depois, procurar e trabalhar com a intenção positiva.

Mas, primeiro vamos descrever o que é a intenção positiva. A intenção por detrás de um comportamento ou comunicação é aquilo que você deseja fazer ou realizar. É o motivo de seu comportamento. É a sua razão. Muitas vezes, a gente tem múltiplas intenções em níveis lógicos diferentes. De fato, muitas vezes elas estão baseadas umas nas outras, numa espécie de hierarquia. Muitas intenções ficam fora do nível consciente. Muitas delas vêm do nosso passado e nós já não as lembramos, e nem de onde elas vêm. Muitas delas são bastante óbvias. As óbvias geralmente podem ser tratadas muito rapidamente. Os comportamentos negativos que têm intenções positivas inconscientes são os que causam problemas crônicos.

Parte do poder para encontrar a intenção positiva está na reação que ela elicia na outra pessoa. Se você, honesta e ativamente presumir uma intenção positiva e procurar por ela, não há necessidade de as outras pessoas se defenderem de você ou de o atacarem. Você não é uma ameaça, mas um aliado. Se você culpa, julga, critica, ou de outra forma atribui uma intenção negativa ao comportamento ou comunicação, você receberá automaticamente uma reação defensiva, ou o afastamento, ou um contra-ataque. Você se transformou no inimigo.

Se algo é possível para alguém no mundo, também é possível de ser aprendido

Esta pressuposição abre um mundo de possibilidades e nos livra de limitar crenças a respeito de nós mesmos e dos outros. Isso nos conduz à abertura e ao encontro de soluções, ao invés da rigidez. Coloca-nos em outros estados maravilhosos, como a curiosidade, a alegria, o prazer, e o pensamento positivo.

Qualquer coisa pode ser aprendida se for abordada de maneira adequada

Às vezes, o maior obstáculo ao aprendizado é o fato de que a quantidade ou o escopo do material é grande demais para o aprendiz. Aprender como dividir o material em tamanhos menores torna a tarefa mais viável.

Esta pressuposição, juntamente com a anterior, permite-nos aprender como aprender e ter sucesso em qualquer situação. Também, estas duas pressuposições representam a maneira como nós sentimos e pensamos a respeito de aprender ANTES de entrarmos na escola. Nós aprendemos muitas coisas complexas e complicadas antes de ir à escola, como falar, caminhar, e ter atitudes sociais. Nós fazemos isso no início imitando a maneira como os outros o fazem e aprendendo primeiro as habilidades menores, depois as maiores. O ponto é que em nossos primeiros anos, quando vemos e ouvimos os outros fazerem algo, nós imaginamos que também podemos fazê-lo, e é isso que compromete nossa vontade de aprender. Precisamos das mesmas atitudes em nossos alunos, pais, professores, e administradores de escolas.

Não existe fracasso, existem apenas resultados

Um dos grandes empecilhos ao aprendizado em nossas escolas é a maneira como damos e aceitamos os resultados (feedback). Quando tentamos aprender ou fazer algo novo, temos que parar de vez em quando e verificar nosso progresso e ver se precisamos fazer algum ajuste. A verificação desse progresso é chamada de "feedback" e é uma parte essencial do processo de aprendizado – SE for dado e recebido de modo adequado. Muitas vezes, os alunos encaram o feedback como algo pessoal e pensam sobre si mesmos como um fracasso, quando as notas dos trabalhos escolares são muito baixas. Assim, ao invés de usar o feedback para fazer ajustes naquilo que estão realizando, para que possam fazê-lo melhor, eles ficam traumatizados com o sentimento de que eles, como pessoas, são um fracasso. E isso passa para o sentimento de quem são eles, ou de sua autoestima, e torna-se parte de sua identidade e personalidade. Eles tendem a carregar isso pelo resto de suas vidas.

Infelizmente, o sistema de avaliação em muitas de nossas escolas encoraja essas reações inadequadas ao feedback. Logo, ao invés de ser ele um ajuste único à atividade de aprendizado, torna-se um rótulo para o resto da vida. Precisamos de um sistema que focalize os ajustes de modo a levar as pessoas ao sucesso, e apenas isso.

Nós escolhemos o melhor comportamento que conhecemos,
com base nas escolhas que temos em nosso modelo de mundo

Esta pressuposição está intimamente ligada à noção de intenção positiva. Quando enfrentamos um problema ou uma tarefa, tomamos uma decisão sobre a melhor maneira que temos ou imaginamos ter para enfrentá-lo. Então, experimentamos para ver se funciona. Se, em nossa opinião, funcionar, nós vamos repeti-la até que se torne um hábito. Raramente reavaliamos. Obviamente, as escolhas que originalmente estavam disponíveis para nós podem ter sido limitadas. Nós tendemos a nos comportar da melhor maneira que conhecemos, mas devido ao fato de que não podíamos dispor de todas as escolhas possíveis, outros podem pensar que o comportamento seja inadequado ou até mau. Infelizmente, muitos julgam o comportamento e encontram falhas no indivíduo ao invés de ajudar a encontrar uma maneira melhor de resolver o problema. Esta pressuposição nos libera para a procura da intenção positiva e nos ajuda a resolver problemas através da sugestão de escolhas, ao invés de presumir que algo está errado com o indivíduo, e de culpá-lo.

Mais escolhas é melhor do que escolhas limitadas

Esta pressuposição deriva-se da anterior. Quanto mais escolhas tivermos, tanto maior será nossa capacidade de nos comportarmos adequadamente e ter sucesso. Ela também orienta nossa maneira de lidar com alunos que apresentam problemas – imaginar a intenção positiva deles e oferecer-lhes muitas escolhas sobre a maneira de resolver o problema e satisfazer sua intenção positiva, de modo que possam fazer uma escolha melhor. Algumas das maneiras mais comuns que usamos para disciplinar nossos alunos limitam as escolhas; e os alunos muitas vezes sentem-se tolhidos e manipulados.

A maneira como experimentamos o mundo é apenas um modelo de percepção

Muitas vezes, nós consideramos a maneira de pensar, aprender ou comportar-se de um aluno, como se isso fosse algo que não pudesse ser mudado. Ele é "assim mesmo". Nós podemos atribuir isso à sua família, à genética, à experiência, ao estado socioeconômico, ou até à raça e a influências culturais. Na realidade, é apenas um modelo de percepção do mundo que eles formaram no decorrer dos anos, e a PERCEPÇÃO PODE SER MUDADA. De fato, as percepções são mudadas naturalmente o tempo todo. À medida que aprendemos sobre o mundo e sobre nós mesmos, nós melhoramos nossas percepções e expectativas. É uma parte natural do amadurecimento e do crescimento. Quando um aluno, ou professor, ou pai, fica preso a um modelo limitado de percepção, não seria maravilhoso reconhecer isso e ajudá-los a mudar a percepção limitada para outra que daria mais poder ao processo de aprendizado?

    B. CERTIFIQUE-SE DE QUE OS ALUNOS SABEM COMO APRENDER

    Quando você apresenta matéria nova aos seus alunos, ou novas habilidades que eles precisam aprender, certifique-se de que eles sabem como aprendê-las de uma forma que funcione realmente bem. Em minha opinião, existe uma lacuna gigantesca no nível lógico de capacidade de muitos estudantes porque nossa escola pressupõe que eles sabem como aprender na sala de aula. MUITOS NÃO SABEM. Eles foram deixados à própria sorte para descobrir as estratégias de aprendizado, e o que conseguiram é ineficiente e ineficaz. Aprender na sala de aula não é um fenômeno natural. Aprender a partir de um livro não é um processo genético ou natural. Os practitioners de PNL conhecem as técnicas específicas para mostrar aos alunos como aprender no nível de processo, de modo que o aprendizado possa ter sucesso e ser interessante e divertido.

    C. ESTABELEÇA E USE ÂNCORAS DE RECURSOS

    Grande parte de um aprendizado eficaz consiste no controle do estado e no acesso a estados de recursos de excelência. Antes do início da experiência de aprendizado, escolha quais os estados de recursos a que você gostaria que toda a classe tivesse acesso. Dependendo da idade dos alunos e da natureza do material a ser aprendido, alguns exemplos de estados de recursos podem ser os seguintes: interessado, focalizado, silencioso, motivado, curioso, capaz de aprender, confiante e calmo. Existem muitos outros. Escolha uma âncora única que você possa usar para acessar qualquer estado. Pode ser uma âncora espacial, como um determinado lugar onde ficar; ou um gesto, ou uma certa postura. Pode ser uma palavra, frase ou tonalidade. Então, durante o primeiro e segundo dias da experiência de aprendizado da turma, imagine uma maneira de levá-los a esse estado e estabelecer tal âncora. Se você os quer silenciosos e interessados, por exemplo, leia ou conte a eles uma história interessante, com voz suave, e num determinado lugar diante da classe. Identifique esse local como o local do silêncio. Reforce a voz e a âncora espacial diversas vezes com outras histórias ou eventos interessantes. Depois disso, você deverá ser capaz de acessar os estados de silêncio e interesse a qualquer hora que desejar, indo a tal local e usando aquela voz.

    D. USE NÍVEIS LÓGICOS DE EXPERIÊNCIA.

    ... (Dilts e DeLozier, Junho, 1997, pp.7-8).

    Como já afirmei em artigos anteriores (Blackerby, Junho de 1999), o uso dos níveis lógicos é uma importante ferramenta na sala de aula. Você pode utilizar os Níveis Lógicos na sala de aula, de diversas maneiras.

    Avaliação dos Alunos.

    Eu avalio meus alunos através dos níveis lógicos, para garantir que não haja lacunas ou inconsistências nos e entre os níveis. Como foi observado anteriormente, eu finalmente entendi que muitos alunos tinham uma lacuna no nível de capacidade, enquanto eles não tinham estratégias de aprendizado efetivas e eficazes. Isso se deve ao fato de que nossas escolas pressupõem que os alunos sabem como aprender na aula e, portanto, isso não precisa ser ensinado a eles. Eu descobri, também, que muitos alunos não possuem modos adequados de avaliar a escola, ou determinadas matérias, ou trabalhos escolares. Eles também não possuem maneiras adequadas de pensar SOBRE a escola, ou o aprendizado, ou determinadas matérias. Isso afeta drasticamente a motivação, o interesse, e o processo de aprendizado. Contudo, nós tendemos a ignorar este importante detalhe no Nível Lógico de Crença/Valor. E muitos têm crenças limitantes a respeito da escola, dos professores, dos trabalhos escolares, de suas próprias capacidades, e até de sua própria identidade como estudantes. Todas essas lacunas e limitações em todos esses níveis lógicos precisam ser pesquisadas e tratadas de modo que os estudantes sejam congruentes em todos os níveis lógicos.

    Dar um feedback capaz de transmitir poder.

    Dependendo da idade do estudante, eu recomendo que os níveis lógicos sejam ensinados aos estudantes como forma para eles compreenderem a si próprios e aos outros que os rodeiam. Como notamos anteriormente, um exemplo extraordinário de como os níveis lógicos são usados de maneira errada pela falta de conhecimento é quando o estudante recebe o retorno (como a nota de um teste) e lhe dá um sentido em nível da própria identidade. Em outras palavras, quando eles recebem uma nota baixa, consideram isso como algo pessoal e começam a pensar que são tolos ou maus estudantes. O uso adequado dos níveis lógicos seria ensinar a manter o feedback no nível comportamental e corrigir o que eles fizeram, a fim de que possam obter uma nota melhor.

    Muitas vezes, a pessoa que dá o feedback atribui, inadvertidamente, um sentido no nível da identidade, rotulando o estudante. Rótulos como "incapaz de aprender", "preguiçoso", "mole", ou "problemático" são apenas alguns exemplos. Se essa pessoa tiver alguma credibilidade junto ao aluno, o rótulo se fixará diretamente e afetará a auto-estima, causando-lhe prejuízo a longo prazo (Blackerby & Bartlett, Julho de 1999).

    Conforme abordei num artigo anterior sobre como oferecer feedback capaz de transmitir força (Blackerby, Maio de 1998), quando eu dou um feedback, gosto de oferecer minhas próprias ideias sobre os critérios adequados, comentários sobre identidade e/ou missão ANTES que eles tenham a chance de fazê-lo. Portanto, se um aluno quer aprender e fazer o máximo porque quer ser o melhor... eu tenho algum feedback para ajudar a cumprir sua missão. Gostaria de ouvi-las... ?"

    Usar os níveis lógicos para integrar novos aprendizados

    Nós últimos anos, eu tenho pesquisado diferentes grupos de adultos a respeito de sua experiência escolar. Peço-lhes que lembrem seus melhores e piores anos na escola. Depois, faço uma avaliação nos níveis lógicos. Essa pesquisa revelou muitas lacunas nos níveis lógicos, e muitos traumas. Os traumas não aconteceram necessariamente porque os estudantes tenham sofrido abusos (embora isso tivesse acontecido), porque eles mesmos atribuíram algum significado inadequado a determinados incidentes. Pode ter sido a observação casual de alguém, ou uma nota baixa, ou a incapacidade de fazer uma tarefa. Na maioria das vezes, os incidentes foram coisas simples que aconteceram, não traumáticas por natureza, mas o significado que lhes foi atribuído é que causou um efeito traumático.

    Eu estou sempre procurando oportunidades de mudar significados inadequados ou de preencher as lacunas nos níveis lógicos. Assim, quando surge uma oportunidade de fazer isso devido ao comportamento de algum aluno, eu a aproveito imediatamente. Por exemplo, vamos imaginar que um aluno não tenha se saído muito bem no passado, mas tenha recebido uma boa nota num teste. Você pode ajudá-lo a dar um significado nos níveis lógicos, com um feedback mais ou menos assim: "Sabe, Don, a boa nota que você tirou no teste me faz crer que você tem capacidade para ser um bom estudante. Sua falta de sucesso no passado não foi devido a uma falta de capacidade ou inteligência, mas sim devido ao fato de que ninguém se deu conta de que devia ensinar você como aprender. Agora que a gente já fez isso, você também pode aprender a valorizar a escola e o aprendizado, de modo que você possa se tornar aquele tipo de estudante que você sempre quis ser. Você pode imaginar o que a sua família e os seus amigos vão pensar de você quando se derem conta de que você é tão capaz quanto qualquer outro. Eles vão ficar surpresos com as novas maneiras como você começa a se comportar na aula. Saber como aprender permite que você se torne quem ou aquele tipo de pessoa que você sempre quis ser. Pense sobre todas as maneiras novas de encarar a escola, o aprendizado, o sucesso, seus professores, e seus colegas, agora que você tem capacidade para se tornar um estudante realmente bom. Isso abre todo o tipo de possibilidades futuras para sua vida, sobre as quais você já pode começar a pensar."

    Se eu tiver rapport e credibilidade junto ao aluno, este tipo de monólogo proporcionará a ele novas maneiras de pensar sobre si próprio, através dos níveis lógicos. Isso não o deixará entregue à própria sorte, mas vai ajudá-lo a encontrar significados e crenças de alta qualidade e bem formulados em todos os níveis lógicos, o que o fortalecerá no futuro. Na verdade, você pode e deve regularmente fazer monólogos como esse, com grupos de estudantes e até com a classe inteira. Você estará ensinando seus alunos como valorizar e acreditar nas várias facetas da vida escolar. Você estará ensinando a eles como dar significado ao aprendizado e à escola, de uma maneira que os reforçará muito.

      E. USE AS TÉCNICAS DA PNL SOBRE MODELAGEM E COMUNICAÇÃO.

      Tenho notado que muitas vezes os practitioners de PNL não utilizam todas as suas poderosas técnicas de PNL com seus alunos. Frequentemente, estamos tão ocupados em fazer as atividades que já praticamos há tanto tempo, que esquecemos de usar diariamente as técnicas realmente poderosas da PNL. Claro, podemos acessar ideias pela leitura dos olhos e ouvir asserções. Sabemos como entrar em rapport e combinar padrões de fisiologia e voz. E essas são importantes. Eu acho que o uso mais poderoso da PNL na educação consiste em praticá-la na sala de aula, conforme indicamos neste artigo.

      Sabendo que os alunos precisam de auxílio para se desenvolverem em todos os níveis lógicos, você pode utilizar as técnicas de modelagem em PNL a fim de saber precisamente o que fazer num nível mais poderoso. O uso das pressuposições da PNL exige que saibamos qual é o modelo de mundo dos alunos, para poder ajudá-los. Saber onde eles estão e como são limitados em seus comportamentos, capacidades, valores e crenças e, depois, usar as técnicas de comunicação poderosas e precisas da PNL para ajudá-los, realmente poderá transformar suas vidas.

      Técnicas de comunicação como ressignificação, metaprogramas; padrões de linguagem hipnótica como os comandos de interiorização, pressuposições e metáforas juntamente com as técnicas mais simples de rapport, etc., dão aos practitioners de PNL uma lista enorme de habilidades úteis. Saber como usar as âncoras e submodalidades para resolver problemas tais como a ansiedade que acompanha a realização de testes ou desempenhos, para reprogramar comportamentos, para lidar com traumas, e para mudar crenças limitantes e instalar estratégias, adicionam muito às nossas habilidades. Não existe NADA que não possamos fazer para ajudar os alunos – eles merecem nosso compromisso com a causa.

      Muitas vezes, eu ouço reclamações dos professores dizendo que a exigência de que certificação em PNL é demais, antes de realizarem meu programa de certificação "Rediscover the Joy of Learning" ("Redescobrir a Alegria de Aprender"). Eles querem saber se eu posso oferecer-lhes um programa esquematizado, rápido e curto. Outros practitioners de PNL às vezes sugerem que posso conseguir mais participantes se não exigir certificação em PNL. Parece que os professores querem ser capazes de fazer o que eu faço sem a PNL. Bem, ... eu não poderia fazer o que faço sem a PNL. É porque pratico PNL com meus alunos que alcançamos sucesso. O que eu gostaria de ver é mais practitioners de PNL assumirem a causa, enquanto os professores que não têm PNL procuram certificar-se. Está na hora de pararmos de nos desculpar por usar a PNL e de defender a diferença que o seu uso pode fazer.

      No final de cada Certificação do curso, eu dou um pequeno presente para os graduados. É uma xícara com a figura de uma criança, com os seguintes dizeres: "PRIORIDADES – Daqui há cem anos, não importará o tamanho de minha conta bancária, o tipo de casa onde morei, ou a marca do carro que dirigi... mas o mundo poderá estar diferente por eu ter sido importante na vida de uma criança." Se você tiver o mesmo pensamento e paixão e quiser transformar vidas de crianças, venha e abrace esta causa.

      REFERÊNCIAS

      Abdul–Malik, Ibrahim "The Presuppositions of NLP,"Anchor Point, Junho 1997, vol.11. nº 6.

      Dilts, Robert and DeLozier, Judith, "Map and Territory (part 2), "Anchor Point, Junho, 1997, vol.11, nº 6.

      Blackerby, Don, "NLP in Education... Magnificent Opportunity,"Anchor Point, Junho, 1999, vol. 13 nº 6.

      Blackerby, Don, & Bartlett, John, "Kids Shooting Kids,"Anchor Point, Julho, 1999, vol. 13 nº 7.

      Blackerby, Don, "Empowering FeedbackFeedback Model Which Enhances Learning," Anchor Point, Maio, 1998, vol. 12, nº 5.

      Artigo publicado na revista Anchor Point de fevereiro de 2000.
      Publicado no Golfinho nº 64 maio/2000
      Trad. Hélia Cadore
      Revisão: Maria Helena Lorentz

      Categoria: