Termo do Mês - Junho de 2020
Os predicados são palavras que repousam sobre uma base sensorial. Aquele que lhe diz estar vendo claramente o cerne da questão indica que naquele momento está construindo sua experiência interna de maneira visual. O que alega não ter contato com você indica que ele está avaliando a experiência que possui do relacionamento com você de modo cinestésico.
Por mais surpreendente que pareça, nossos interlocutores nos dizem a cada instante o que estão fazendo interiormente. Além disso, fazem-no também de forma não verbal, através dos gestos e movimentos oculares.
Abaixo alguns exemplos de palavras de base sensorial.
VISUAL (v) | AUDITIVO (a) | CINESTÉSICO (k ou c) | INESPECÍFICOS |
Ver, olhar mostrar, perspectiva imagem claro, esclarecer luminoso, sombrio brilhante, colorido visualizar, iluminar vago, impreciso, nítido brumoso, uma cena horizonte, clarão fotográfico |
Ouvir, falar dizer, escutar perguntar, dialogar acordo, desacordo soar, ruído ritmo, melodioso musical harmonioso tonalidade, discortante sinfonia, cacofonia gritar, urrar |
Sentir, tocar em contato com conectado, relaxado concreto, pressão sensível, insensível sensitivo, delicado sólido, firme, imobilizado mole, ferido, ligado caloroso, frio tensão, duro, excitado carregado, descarregado |
Percebe experimenta entende pensa aprende processa decide motiva considera muda tem em mente |
Certos predicados não são precisos do ponto de vista sensorial, e é esta a razão por que uma frase não lhe dará indicação nesse domínio. Caso de palavras como: compreender, pensar, recordar-se, saber, crer etc. Nesse caso, perguntas simples, do tipo "Como você sabe isso?" ou "Como você faz para aprender isso/recordar-se etc.?", permitem obter a informação. Seu interlocutor o informará do processo interno que utiliza. É provável que você receba respostas como: "Bem, vejo que... ou "Digo a mim mesmo que...", ou ainda "Sinto que..."
Ao escutar cada uma dessas frases, temos condições de saber como o indivíduo constrói instante a instante sua experiência da realidade. Numa situação de tomada de decisão, por exemplo, para o visual, ver é crer; já o auditivo precisa de algo que lhe fale; o cinestésico terá necessidade de senti-lo.
Estas informações têm repercussões importantes em matéria de comunicação e podem mostrar-se decisivas no campo profissional.
Termo do Mês - Junho de 2020