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O Metamodelo da PNL é uma das ferramentas mais valiosas da PNL usadas para entender as pessoas e como elas pensam.
Por quê? Porque a habilidade com o Metamodelo é como ter um estetoscópio para a mente – nos permite reconhecer os pensamentos e sentimentos que estão por trás do que uma pessoa está dizendo.
Por exemplo, se um amigo ou colega solicitar o auxílio da PNL para resolver um problema, você poderá ter uma ideia bem clara de como funciona o problema, ouvindo a descrição dele. E também fazendo algumas perguntas esclarecedoras da PNL.
Exemplo: a categoria Regras
Digamos que o João tenha dito para a Maria: “Precisamos arrumar a cozinha imediatamente.”
A sua afirmação fornece pistas do que John provavelmente estará:
- Pensando em Regras (que é uma das categorias do Metamodelo).
- Impulsionado por sua crença de que arrumar a cozinha é uma regra que deve ser respeitada.
- Acreditando que Maria também deve obedecer a essa regra.
- Seguindo sem questionar essa regra, ou seja, nunca questionou a sua importância nem a sua relevância para a situação atual.
A categoria Regras no Metamodelo indica que o que uma pessoa está dizendo se baseia provavelmente numa crença que ela pode ter a muito tempo. Muitas de nossas ações estão baseadas nas crenças que adquirimos há muito tempo e ainda questionamos segui-las:
- Eu devo ser pontual sempre.
- É importante acertar na primeira vez.
- Você nunca deve incomodar as pessoas.
- Eu devo ser melhor do que todo mundo.
Ser capaz de orientar uma pessoa a examinar com cuidado essas crenças, pode ter um impacto bastante significativo na vida dela.
(Aliás, na PNL tradicional, a categoria Regras trabalha sob o surpreendente título de Operador Modal de Necessidade.)
Exemplo: A categoria Causa e Efeito
Essa categoria indica que nós acreditamos que os nossos sentimentos são fatores causados por eventos fora de nós, ou seja, pelo comportamento de outras pessoas ou por eventos em nossas vidas.
Digamos que Harry diga a Kate: 'Você realmente me incomodou quando falou aquilo!'
A sua declaração fornece pistas, pois Harry acredita que:
- As outras pessoas podem fazer com que seus sentimentos mudem.
- As pessoas em sua vida devem gerenciar o comportamento delas para que ele possa se sentir bem.
- Ele precisa se comportar de maneira que se sinta bem – e não mal.
- Ele deve ser grato às pessoas que 'o fazem' ter bons sentimentos – e correr o risco de se tornar dependente delas por bons sentimentos.
Pessoas com uma forte crença de Causa e Efeito tendem a acreditar e, às vezes, culpar o destino. Ou verificar a sua previsão astrológica no jornal ou que os aspectos da sua vida emocional estão fora de seu domínio de influência.
Importante: os insights sobre o pensamento de uma pessoa fornecida pelo Metamodelo não são "verdades". Como em muitos outros insights fornecidos pelos processos da PNL, nós os tratamos como hipóteses de trabalho ou possibilidades a serem verificadas.
Por que desenvolver a habilidade Metamodelo?
Porque melhora a nossa capacidade de:
- Entender melhor as pessoas e o que está por trás dos comportamentos problemáticos.
- Identificar a melhor forma de motivar colegas e clientes.
- Comunicar de forma clara e inequívoca.
- Treinar as pessoas para encontrarem suas próprias soluções para situações difíceis.
“Meta Monstros”
O Metamodelo começou com Richard Bandler, um dos criadores da PNL, estudando ou 'modelando' as habilidades de comunicação de três terapeutas: Fritz Perls, Virginia Satir e Milton Erickson.
Então, tudo começou como uma técnica terapêutica para reconhecer como o pensamento de uma pessoa estava causando dificuldades na vida dela.
Bandler e seus colegas Frank Pucelik e John Grinder também fizeram uma série de perguntas chave para pedir à pessoa para flexibilizar alguns de seus padrões de pensamento mais problemáticos.
Em algum lugar ao longo do caminho, e apesar de muitos avisos do próprio Bandler, o Metamodelo se tornou uma espécie de técnica de interrogatório.
(De fato, foi assim que eu aprendi nos anos 80, ou seja, como um conjunto de padrões para reconhecer e "desafiar" instantaneamente com uma pergunta chave.)
Infelizmente é assim que ainda é ensinado em muitos programas de treinamento de PNL. O resultado disso é que os practitioners de PNL se entusiasmam e saem dos cursos de treinamento correndo para encontrar pessoas que estão “pensando errado”, porque estão usando os padrões do Metamodelo e depois tentam nocauteá-las até a submissão com perguntas desafiadoras!
Isso resulta em algumas interações bastante bizarras que parecem não possuir o básico da PNL como o rapport, o respeito pelo modelo de mundo da outra pessoa, primeiro entender a pessoa antes de tentar mudá-la e assim por diante:
- Amigo casual: Preciso ir para casa agora e fazer isso.
- Pessoa da PNL: O que acontece se você não fizer?
- Amigo casual: Bom, está ficando tarde – é melhor isso ser feito...
- Pessoa da PNL: "O que acontece se você não fizer?"
- Amigo casual: Olha, foi um prazer conversar com você, mas eu realmente preciso sair correndo...
- Pessoa da PNL: Como você sabe que precisa sair correndo?
- Sim, eu sei, provavelmente estou exagerando...um pouquinho.
Mas não é muito diferente das dezenas de conversas que eu ouvi em reuniões e grupos da PNL.
Essa pessoa da PNL se tornou o que Richard Bandler havia alertado, ou seja, um Meta Monstro. Por causa do seu treinamento, ela está usando o que acha que é o Metamodelo – que, de certa forma, é – mas de uma maneira inadequada. É embaraçoso observar.
Como usar o Metamodelo
Nos nossos cursos de treinamento em PNL, ensinamos o Metamodelo em pequenas doses, para permitir que ele seja totalmente absorvido e integrado, e durante vários dias. E, sim, você pode desenvolver suas habilidades com o metamodelo através da autoaprendizagem:
- Trate-o como uma ferramenta para ouvir. Ou um estetoscópio para ouvir o que está acontecendo internamente. Quando alguém faz um comentário, aja como se o que ele está dizendo em voz alta fosse a ponta de um iceberg – e o que está abaixo da água é uma enorme quantidade de pensamento, crença, sentimento, avaliação e assim por diante.
- Determine se a situação e o seu relacionamento com a pessoa são adequados para o uso do Metamodelo – e obtenha a permissão dela para ele ser usado.
- Estabeleça que você tem rapport – e se a outra pessoa percebe o valor por si mesma em explorar o problema.
- Ouça para descobrir qual a categoria que ela mais usa.
- Agora, faça algumas perguntas relaxantes para incentivar a pessoa a explorar o pensamento que está por trás do que ela está dizendo.
- Seja bem claro de que o seu objetivo não é fazê-la admitir que está “errada” em seus pensamentos. O seu objetivo é fazê-la considerar sobre o que ela pensa.
Como regra geral, é melhor evitar qualquer pergunta no início. Em vez disso, ouça em silencio enquanto você observa mentalmente os diferentes padrões do Metamodelo que ela está usando. Procure identificar o padrão que ela usa com mais frequência, porque esse será o primeiro a ser abordado.
Metamodelo e o seu próprio pensamento
Como regra geral, não o use no seu próprio pensamento.
É melhor não usá-lo de maneira consciente para modelar o seu diálogo interno em curso. Isso tende a levá-lo a um loop em que você estará metamodelando o seu diálogo interno – e depois metamodelando o seu próprio metamodelando e assim por diante – em um processo muito complexo!
No entanto, se você estiver um pouco confuso mentalmente, você poderá investigar escrevendo algumas páginas de escrita automática sobre o que o está incomodando. Em seguida, use o Metamodelo para reconhecer os seus próprios padrões depois de tê-los usado.
O artigo original “How to use the NLP Meta Model” encontra-se no site: nlp-now.co.uk